Antes, parecia ser de brincadeira. No entanto, após alentado
pelas pesquisas eleitorais, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena Filho (sem
partido), engrossou o pescoço, enfrentou o governador João Azevedo (PSB), pôs
as cartas na mesa e determinou-se a concorrer nas eleições do ano que vem para
o Governo do Estado. Inicialmente, Cícero tentou amenizar dizendo que é
candidato a governador, mas apoia o nome de João Azevedo para o Senado. Tipo um
“morde” e “assopra”, o prefeito acenou para o governador dando a entender que
não estava rompendo e somente se afastando.
Na última segunda-feira (8), João Azevedo deu o tom da
questão: “Foi ele quem rompeu com o governo. O governo não rompeu com ninguém.
Foi escolha dele, foi ele que saiu, foi ele que rompeu em nome de um projeto
pessoal”. Selado o rompimento, agora, os cavalos vão correr separados. É certo
que Cícero lidera as pesquisas, porém, amparado na boa gestão que vem
desenvolvendo, o governador aposta que seu candidato - provavelmente Lucas
Ribeiro (PP) – deslanchará quando do anúncio oficial da candidatura e do
empenho da máquina administrativa; afinal, governo é governo.
A Cícero, resta agora a busca de apoios junto à oposição e a
coragem para enfrentar a empreitada. Incursionar no seio da administração
estadual será difícil, principalmente junto aos prefeitos do interior, pois,
ninguém quer largar o osso que vem sendo roído há longos 16 anos. É certo que
perspectiva de poder, às vezes, conta mais do que o próprio poder. No entanto,
isso deve ficar muito plausível para que o cocho seja largado. Ademais, falta
mais de um ano para as eleições e, daqui pra lá, muita água vai rolar por
debaixo dessa ponte. Mesmo assim, já dizia o nosso “filósofo” Gominho: “quem
tem medo de cagar, chupa picolé”.
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