Após a derrocada de Patos (Irerê), os que restaram da polícia depois do inglório combate, correram, a esmo, daquele povoado, encontrando guarida em Piancó. Ali chegados após alimentação e descanso, foram designados a partir, sob o comando do sargento Clementino Quelé para se unirem a Coluna Leste que, capitaneada pelo tenente João Costa, já se preparava para invadir o povoado de Tavares. Atitude idêntica foi tomada pelo Comando Geral da Polícia quando ordenou ao capitão Rangel que designasse 150 homens para reforço do cerco a Tavares. Com isso, o contingente estacionado em Alagoa Nova ficou bastante reduzido e, portanto, vulnerável a uma ação dos homens do coronel Zé Pereira. No dia 26 de março, ao anoitecer, comandados pelos proprietários e comerciantes Cícero Bezerra, Pitó e José Faustino, 100 homens atacaram o povoado de Alagoa Nova e sem muita dificuldade, após 08 horas de tiroteio, o povoado foi retomado e a polícia recuou em debandada para Bom Jesus. Nesse combate, os “Libertadores de Princesa” perderam 04 homens e tiveram vários feridos. Do lado da polícia, o saldo foi de 15 mortos e 15 feridos. Durante o embate da polícia com os homens de Zé Pereira, o povoado ficou completamente vazio. Toda a população evacuou para os sítios vizinhos, deixando seus pertences e haveres que foram, em sua maioria, saqueados pela polícia em sua desvairada fuga. Retomado o povoado de Alagoa Nova, o coronel determinou que estacionasse ali um contingente de 50 homens para protegê-la de um novoataque da polícia, o que, até o final da guerra, não aconteceu.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 26 DE MARÇO DE 2020).
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