Nesse momento de crise nossos governantes começam a mostrar as caras. Num atestado de perfeita demonstração de que não estão preparados para governar, principalmente em momentos especiais de crise como a que estamos todos atravessando agora, tanto o estúpido presidente da República, como o preguiçoso governador do Estado e o mentiroso prefeito municipal, se completam na falta de ações ou no atrapalhamento delas.
O “mito”
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro, ao invés de ficar calado e não atrapalhar as ações das competentes autoridades de saúde nesse momento de prevenção e combate ao terrível Coronavírus foi à televisão e fez catastrófico pronunciamento, o que causou a mais negativa repercussão já vista por uma atitude patrocinada por um presidente da República. Sua fala, desdizendo o que seus próprios ministros recomendam para evitar o contágio que poderá causar a doença COVID-19, provocou o repúdio de várias autoridades, partidos políticos, representantes dos vários segmentos da sociedade e do povo, quando estepromoveu grande panelaço na hora em que o presidente falava besteiras na televisão. Quase todos os governadores de Estado emitiram notas reprovando o comportamento presidencial, alguns até romperam com ele politicamente. Os presidentes da Câmara Federal e do Senado também repudiaram Bolsonaro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse: “Prepare seu fim e não o do povo. Se cale!”. Como saldo da fala presidencial, ficou uma pergunta no ar: quem manda no governo, os ministros que orientam às pessoas a ficarem de quarentena ou o presidente que discorda do fechamento de escolas e do isolamento social da população? O que realmente as autoridades de saúde devem fazer? Equipar hospitais com respiradores mecânicos ou receitar meisinhas para “gripezinhas” ou “resfriadinhos”?
João Azevedo
O governador da Paraíba que não disse ainda a que veio, tem nessa crise a oportunidade de mostrar sua capacidade administrativa. Porém, não está aproveitando a quadra. Olhando ao largo, temos a impressão de que governa com pouca vontade ou com muita preguiça. Nesses tempos de Coronavírus, estranhamente, a Paraíba é o Estado da Federação com menor incidência de contágio. Os laboratórios que fazem os exames para a detecção de contágio dos paraibanos estão em Curitiba, no Paraná. Será que os números estão sendo sonegados ou nós somos campeões brasileiros em imunidade alta? Ontem, deparamo-nos com a notícia de que o governador João Azevedo, determinou a transferência de seis leitos do Hospital Regional de Taperoá, para a capital do Estado. Essa determinação causou grande polêmica naquela cidade da região do Cariri quando a população rebelou-se e impediu que a ordem governamental fosse cumprida. Como vemos esse governo, ao invés de suprir, está suprimindo. Em que pese os milhões de reais destinados aos Estados, pelo Governo Federal, para serem usados no combate ao Coronavírus, nenhuma ação do Governo paraibano, para esse fim, chegou a Princesa até agora.
Nascimento
Em Princesa, a coisa se faz mais grave ainda. Aqui, a campanha de vacinação contra o vírus influenza, que deveria começar no dia 23 deste mês de março (segunda-feira), só teve início hoje. Sabem qual o motivo do atraso? A falta de EPI – Equipamentos para Proteção Individual: luvas, máscaras, aventais, etc. Noticiei isso neste Blog e o prefeito, contrariado com uma notícia que não lhe agradou, agraciou-me com uma Nota de Repúdio. Mesmo assim, sobrou para ele um novo atestado de mentira, pois, toda a população constata que somente hoje se iniciou a campanha de vacinação em nosso município, justamente por falta dos insumos necessários, o que me foi informado por uma enfermeira do serviço municipal que cuida do setor de vacinação e por um cidadão idoso, de ilibado conceito que foi tomar a vacina e perdeu a viagem. Para completar, Nascimento foi hoje à emissora de rádio da cidade para tratar de assuntos inerentes à Pandemia do Coronavírus. Na entrevista concedida sugeriu que a UPA seja transformada em Centro de Referência para os possíveis pacientes que venham a cair doentes do mal COVID-19 em nossa região. Ouvindo isso, o médico e vereador, doutor Alan Moura, dirigiu-se à Rádio Princesa, solicitou participação da entrevista com o prefeito eapresentou argumentos plausíveis, de que melhor seria instalar esse Centro de Referência no Hospital Regional (que hoje é municipal) ou reabrir o Hospital São Vicente de Paulo para funcionar como tal, do que designar a UPA para esse fim. Alegou o médico, que enquanto o Hospital Regional tem 40 leitos, a UPA só conta com 09. Diante desse argumento, o senhor prefeito reagiu dizendo que o São Vicente não tem equipamentos, tampouco capacidade para abrigar serviço dessa natureza. Em face disso, Alan Moura, sugeriu que o prefeito achasse recursos no mesmo lugar aonde encontrou para contratar bandas para festas, em valores superiores a 200 mil reais e dotasse o antigo hospital das condições necessárias para atender aos pacientes dessa terrível doença que está por vir. Confrontado com essa realidade que o incomoda sobremaneira, Nascimento irritou-se profundamente e retirou-se da mesa de debates, dando como encerrada a entrevista. Não aguentou o contraditório e correu de uma realidade à qual não tem vontade nem interesse de encarar. Eu pergunto: onde nós vamos parar com um presidente boquirroto, que só fala besteiras; com um governador inoperante e preguiçoso e com um prefeito que, além de mentiroso é fujão? O momento é crucial e de muita reflexão ou senão, de salve-se quem puder. Fique em casa e lave as mãos.
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