"Eu sou centrão". Com estas palavras, o presidente Bolsonaro, justificou a iniciativa de convidar o senador Ciro Nogueira (PP/PI), para comandar o Ministério da Chefia da Casa Civil. Temeroso de que as investigações promovidas pela CPI da Covid-19, lhes criem problemas futuros, precavido, o "mito" já procura se blindar com o apoio do que há de pior na política brasileira: a turma do toma-lá-dá-cá.
Quando candidato à presidência da República, Bolsonaro discursava com ataques à velha política representada pelo "centrão”. Até música foi solfejada pelo general Augusto Heleno - atual ministro-chefe do GSI -, que dizia: "Se gritar pega centrão, não fica um meu irmão...". Agora, nas cordas e com medo do impeachment, corre para o colo daqueles que "ojerizava”, cedendo os anéis para não perder os dedos.
Diante desse constrangimento, em que - mesmo sem gostar de usá-las, deixa cair a máscara, o presidente, que se dizia contrário às práticas políticas dos fisiologistas coloca o "centrão" no centro de seu governo. E agora, Jair? O que vais dizer aos teus devotos que tanto te louvam por seres "diferente”? O que dirás na campanha eleitoral do ano que vem? E outra, será que terás competência política para matar a insaciável fome dessa turma que adora ter governos fracos sob seu controle?
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