“Coquinho” era um funileiro que existiu em Princesa e que funcionou trabalhando até o final dos anos 1970. Solteiro e tido como um “rapaz velho”, soldava panelas, penicos, bacias, jarros, etc. Era um mestre no conserto de utensílios domésticos. Certo dia, uma senhora da alta sociedade princesense o procurou com uma panela a ser consertada. A panela, que era de boa qualidade, estava com o fundo danificado e a mulher queria aproveitá-la colocando novo fundo. Questionado por quanto sairia o conserto, Coquinho informou à madame:
- Para botar o fundo, dona, eu cobro 10 tões.
A mulher disse então:
- E, se eu der o fundo?
Coquinho respondeu, com um risinho no canto da boca:
- Ah! Aí, eu faço de graça...
A senhora, indignada com a falta de respeito, esbravejou:
- Tome vergonha na sua cara, eu sou uma mulher de respeito!
Atônito com a reação da madame, Coquinho tentou consertar:
- Mas, foi a senhora quem ofereceu o fundo. Da panela, claro.
A mulher retirou-se brava. Como vemos, já naquele tempo, a
safadeza existia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário