Há um ditado antigo que diz: "A solidão é a companheira da velhice". Na verdade, quando nos surpreendemos com a chegada da velhice achamos sempre que isso não está acontecendo conosco, mas de repente, nos deparamos com situações que nos trazem à realidade e, a mais terrível dessa realidade, é a constatação de que estamos ficando sós. Sós, não de familiares somente, mas de amigos também, tanto os que morrem cedo quanto os que nos dão as costas.
No meu caso, a situação é mais grave. Pelo fato de ser militante da política partidária, adicione-se uma agravante: grande parte das minhas amizades eram circunstanciais, acabaram quando o poder se foi; meu entorno ficou vazio de amigos quando alguns poucos morreram e, a grande maioria, desapareceu de repente atraidos pelas promessas vãs dos meus adversários. Mudaram de lado, o que para alguns é traição. Para mim, não! Para mim, é puro oportunismo, o que é próprio daqueles vivem de obter vantagens.
Mudar de partido, trocar de amigos, isso é comum na política eleitoral e na vida. O exercício do voto é feito por conveniências, isso é verdade. O problema é que, a maioria das adesões, não obedecem aos interesses coletivos. Seria normal que as adesões políticas fossem pautadas em reivindicações que beneficiassem à coletividade, mas não. As mudanças obedecem sempre aos interesses pessoais quando o caráter é jogado às favas sem nenhum escrúpulo. O ex-presidente Epitácio Pessoa dizia com relação aos que se vendem: "Eles só não vendem a honra porque não a têm"
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