ODE

quarta-feira, 19 de junho de 2019

A FESTA CONTINUA


DE NOVO A FAMIGERADA “FESTA” I
      
Sem querer ser simplesmente contrário à realização de festas milionárias bancadas com o dinheiro público, mas, preocupado com a priorização que dão a elas, uso este espaço para sugerir aos Vereadores de Princesa que apresentem Projeto de Lei na Câmara Municipal determinando que as festas milionárias só possam ser realizadas quando o município estiver completamente adimplente com suas obrigações básicas de atendimento à população tais como: salários e fornecedores em dia; saúde, educação e assistência social funcionando; etc. Entende-se por demais esquisitas as atitudes de prefeitos que, no afã, de adquirir popularidade promovem festas grandiosas financiadas com o dinheiro público enquanto o Governo do Estado decreta “Estado de Emergência” nesses mesmos municípios por motivos de dificuldades financeiras em honrar seus compromissos.

DE NOVO A FAMIGERADA “FESTA” II
     
 Sabemos todos que uma Lei Federal, editada em 2005, proibiu os “showmícios” (comícios eleitorais animados por bandas de cantores famosos) e nem por isso os políticos deixaram de ser eleitos nem o povo deixou de comparecer às concentrações político-eleitorais. Poderiam também essas festas promovidas pelos prefeitos de cidades de pequeno porte, serem proibidas. Porém, medida dessa natureza encontra resistência no meio político porque é aí onde os prefeitos lucram. E o povo, vilipendiado, leva, além de queda, coice vendo-se privado dos benefícios necessários que o dinheiro público usado nesses festejos poderia proporcionar através de ações governamentais em seu favor e, os políticos, através do superfaturamento de bandas, palcos, sons, iluminação, segurança, etc. etc. lucram fábulas incomensuráveis.

DE NOVO A FAMIGERADA “FESTA” III
    
 É certo que a juventude se compraz e se diverte com a realização dos eventos que critico aqui. Porém, devo explicar que a minha contrariedade a isso não se atém apenas ao fato dos gastos inúteis; do uso indevido dos dinheiros públicos ou das despesas superfaturadas. Há também um componente educativo que é esquecido: no mais das vezes, os cantores famosos que se apresentam e que, via de regra, não primam pela boa música, usam os suntuosos palcos, contratados por uma fortuna para, lá de cima proferir palavras de baixo calão (pornografias mesmo) o que, além de deseducar a nossa juventude, banaliza a prática dos maus costumes. Diante de tudo isso, urge que providências sejam tomadas, até porque, a prática vigente vem também contribuindo para o fim das tradições folclóricas e culturais das nossas mais caras tradições quando, até as datas das efemérides são mudadas ao bel prazer dos comandantes municipais.

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