O “BLOCO DOS
ARAPAPACAS”, criado em 1923 pelo princesense Orlando Melo, auxiliado pelos
folcloristas Joaquim Gomes, Luiz Felizardo, Abdias Felizardo, Antônio
Felizardo, dentre outros moradores do Bairro do “Cancão”, foi inspirado no
antigo bloco carnavalesco “Os Lenhadores”. Este era uma composição de foliões
que assim se intitulavam por serem, em sua maioria, agricultores. Porém, com a
desarticulação e o fim do antigo bloco, o que restou de seus membros resolveu
criar um novo que, formado pelos moradores do Bairro do “Cancão”,
principalmente por membros da família dos “Calú” – que segundo algumas
informações, por serem muito falantes e lembrarem, por isso, aquelas aves
zoadentas, deram o nome ao novo bloco: “Arapapacas” -, passou a ser considerado
um bloco exclusivo daqueles que habitavam aquele Bairro. Até o passo que
executavam nos desfiles era uma criação exclusiva deles. Possuíam uma bela
bandeira – bordada em alto relevo onde figurava uma fogueira e uma machadinha
-, que, nos dias de Carnaval, por ocasião de suas apresentações vespertinas,
tremulava nas mãos de uma porta-bandeira. As estilistas responsáveis pela
feitura das fantasias dos componentes do “Arapapacas” eram também moradoras do
Bairro do “Cancão”: Anunciada Brás e Alice Isidoro. Lamentavelmente o bloco dos
“Arapapacas” fez a sua última apresentação, em 2007, sob a coordenação do
folião José Aniceto Ferreira, mais conhecido por “Zé de Ana”. Sem motivos que
os saibamos deixou aquela expressão cultural de tanta tradição, de se
apresentar para alegrar a festa de “Momo” da nossa Princesa. (Esse escrito só foi possível pela
contribuição da professora dona “Luizinha de Fila”)
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO
ROBERTO, EM 17 DE JULHO DE 2019).
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