ODE

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

O PODER LEGISLATIVO QUE ENVERGONHA


        

                          




Nunca, em tempo algum, o povo de Princesa se deparou com situação tão vergonhosa quanto a que observamos agora em relação ao Poder Legislativo Municipal. Uma Câmara Municipal mal dirigida e composta por alguns vereadores sem personalidade, tampouco compromissados com os votos que receberam em 2016. Refiro-me ao processo que tentam instalar - obedecendo a ordens do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento -, para promover a cassação dos vereadores Alan Moura e Erivonaldo Freire. Na primeira Sessão (30/11/19), adotaram o princípio do “goela abaixo” e, após um tumulto liderado pelo “marido da câmara”, a douta presidente declarou a aprovação da admissibilidade de instalação do processo de cassação do vereador Alan Moura. Na Sessão da última quarta-feira, dois vereadores componentes da base governista na Câmara, Jaildo Paulino e Cleonice Henriques, declararam que não votaram a favor daquela admissibilidade. Porém, mesmo assim, a presidente instalou a comissão investigativa e colocou em votação a admissibilidade do processo do vereador Erivonaldo. Dos onze vereadores, apenas cinco concordaram com a abertura do processo contra esse parlamentar. Mesmo assim, o processo continua.

Apelos vãos

Durante as discussões pelo convencimento dos parlamentares em não aceitarem a abertura de processo contra seus iguais, os vereadores Alan e Ery, se revezaram na tribuna da “Casa de Adriano Feitosa” lembrando que, hoje quem está no banco dos réus obedecendo apenas aos caprichos de Nascimento são eles e que amanhã, poderão ser os que agora se apresentam como fantoches, títeres nas mãos do prefeito votando contra seus próprios pares. Diante de tudo isso, os cinco vereadores que se posicionaram contrários aos seus colegas perseguidos pelo prefeito - mesmo com caras de bobos e constrangidos com suas próprias subserviências -, votaram pela abertura do processo.

Muito estranho

O que causa mais estranheza ainda é que nos mais de cem anos de existência da Câmara Municipal de Princesa, nunca aquele poder abriu tal precedente recomendando a cassação de mandatos de colegas por motivos fúteis ou não existentes. O que está acontecendo na Câmara de Princesa é um julgamento político com o fito de extirpar dali as vozes que se posicionam contrárias aos interesses de Nascimento: Alan Moura para não ser candidato a prefeito, e Ery para não apresentar as cabeludas denúncias contra Nascimento que já é condenado pela justiça por fraude em licitação e tem vários processos correndo contra ele em várias instâncias judiciais. Parece que tudo isso só vai acabar mesmo é na Justiça.

(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 08 de novembro de 2019).

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