ODE

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

SAUDADES DE MARIA COSTA





O “cachorro quente” mais gostoso que já comi na vida foi o que Maria do Carmo Costa, (mais conhecida por “Maria Costa”), fazia e vendia na porta do Ginásio “Nossa Senhora do Bom Conselho”. Vendia fiado e anotava numa pequena caderneta e, no mais das vezes era por nós enganada quando deixávamos de pagar, ou a enrolávamos, diminuindo a conta. Maria Costa era uma figura de porte raquítico, morena quase preta, pequenina, porém adorável de temperamento, simples, humilde e muito trabalhadora. Além de fazer “cachorro quente”, fazia também tapiocas com coco e, no dia a dia, trabalhava como cozinheira em casas de famílias, para prover o sustento de alguns familiares pobres como ela. Os princesenses que como eu estão hoje na terceira idade e que estudaram no Ginásio, hão de lembrar-se dessa figura antológica da nossa adolescência e juventude. Aos que tiverem acesso a essa matéria, tenho certeza de que, ao lê-la, sentirão o cheiro e o sabor gostoso do “cachorro quente” de Maria Costa. Viveu pouco aquela lutadora pela vida. Contraiu uma doença, foi para o Recife tratar-se sob os auspícios de seu irmão Raimundo Costa, mais conhecido como “Costiano” e lá morreu, e lá foi sepultada. Saudades de Maria Costa. Em sua homenagem, quando prefeito, mandei nominar uma das ruas do Bairro “São Francisco”, em Princesa, com duas placas com a inscrição: “Rua Maria Costa”.


ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019.

Um comentário:

  1. Parabéns Domingos, o seu blog é um verdadeiro instrumento de informação e de resgata da História de Princesa, principalmente, dos anônimos que construíram História, não ligue paras as criticas destrutivas, como diz Cortela: "a inveja se manifesta, devido ao fato de que, o invejoso ver no outro a qualidade que qualidade que ele não tem". e por isso torce para que tudo der errado, ou então, busca criticar por criticar.

    ResponderExcluir