ODE

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS ENGRAÇADAS DEPRINCESA






ZOMA, DOCA, O CACHORRO E O DIPLOMA


A campanha eleitoral de 1988, para a escolha do prefeito em Princesa foi contida de coisas muito engraçadas. Dela extraio um fato interessante que foi provocado por um discurso proferido pelo então candidato do PDS a vice-prefeito, doutor Zoma. Isso ocorreu num comício realizado na Rua “Major Feliciano”, no Bairro do Cruzeiro quando, animado em sua oração, Zoma discursou com relação à candidatura do adversário Doca Ferraz, que desgostoso por haver sido preterido por seu partido (PDS) migrou para o PMDB e foi candidato a prefeito com o apoio do grupo “Diniz”. As palavras do candidato a vice-prefeito pelo PDS:

“Os nossos adversários, desprovidos de um nome que se dispusesse ou tivesse coragem de ser candidato contra nós, pegaram qualquer ‘cachorro’ e botaram para concorrer e ser derrotado nas urnas do próximo dia 15 de novembro”.

Aí, o tempo fechou! Na semana seguinte, em comício realizado no Bairro do Cancão, o candidato do PMDB, Doca Ferraz, discursou indignado por ter sido chamado de “cachorro” e questionou de cima do palanque:

“Quem é esse doutorzinho prá me chamar de ‘cachorro?’. Ninguém sabe sequer se  ele é mesmo doutor...”.

No outro dia, estava a esposa de doutor Zoma, dona Maria Aquina Lopes, distribuindo cópias do diploma de médico do candidato a vice-prefeito, o que fez de mão em mão e, nos estabelecimentos comerciais em que os donos eram simpáticos à candidatura do PDS, afixava o certificado na parede. Com o tempo, tudo dissipou-se. Doca Ferraz foi derrotado por Assis Maria/Zoma e, já em 1996, ambos, Doca e Zoma, estavam no mesmo palanque. É assim a política de Princesa.


ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 04 DE FEVEREIRO DE 2020, EXTRAÍDO DO LIVRO “PRINCESA – HISTÓRIA E VOTO”.

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