ODE

quarta-feira, 29 de abril de 2020

O “MITO” NA CORDA BAMBA?



Depois da crise com as demissões dos dois principais ministros de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro amarga, agora, o resultado de sua semeadura durante esses quase dezesseis meses de governo. Trouxe o juiz federal, Sérgio Moro, para o Ministério da Justiça com o intuito de dar credibilidade ao seu governo, mas esqueceu de dizer a Moro que isso era somente para inglês ver. Perdeu o ministro e a confiança quando quis trocar o diretor geral da PF – Polícia Federal, porque desejava obter informações privilegiadas e receber relatórios sobre os trabalhos investigatórios daquela instituição Trocou o diretor da PF (Maurício Valeixo), Moro discordou e pediu demissão. Demitidos o ministro da Justiça e o diretor da PF, Bolsonaro agora nomeou dois amigos chegados para aqueles cargos, o que causou o maior reboliço políticoQuanto ao ministro da justiça, nem tanto, porémquanto ao diretor da PF, Alexandre Ramagem, que é amigo íntimo de seu filho nº 03 - justamente o que está sendo investigado por suspeitas de estar produzindo Fake News com o intuito de denegrir reputações de autoridades federais -, a repercussão foi por demais negativas uma vez que essas investigações são coordenadas pela Polícia Federal. 

Aparelhando o Estado?

Como se não bastasse, o ministro do STF – Supremo Tribunal Federal, Celso de Melo autorizou, atendendo solicitação do Procurador Geral da República, Augusto Aras, a abertura de inquérito para apurar as acusações feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro contra o presidente Bolsonaro, quando aquele – em entrevista concedida antes de demitir-se do cargo -, disse que o presidente Bolsonarotentou interferir nos trabalhos da Polícia Federal. Segundo Aras, são acusações graves que se enquadram em crimesde falsidade ideológica, obstrução de justiça, advocacia administrativa, dentre outros. Parece que a hora do “mito” está chegando. Isolado pelos demais poderes; assessorado por três filhos irresponsáveis e comandado pela arrogânciaque lhe é peculiar, vê-se agora impedido de olhar para trás e vislumbrar o que aconteceu com os dois últimos chefes de governo (Collor e Dilma), que foram apeados do poder por incompetência administrativa e, principalmente, política. Mesmo assim, Bolsonaro não se emenda, pois, diante desse redemoinho, bateu o pé e, agindo à revelia de alguns graduados auxiliares, insistiu e nomeou o amigo [Alexandre Ramagem] do filho Carlos para a direção geral da PF. Aliás, o presidente está nomeando o delegado Ramagem para investigar, e o senhor José Levi Mello do Amaral, para a AGU – Advocacia Geral da União, que terá a função de defender seus filhos nessas investigaçõesOs garotos levados agradecem e os demais poderes da República se põem em guarda.


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 29 DE ABRIL DE 2020).

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