ODE

sexta-feira, 23 de abril de 2021

O MALOGRADO TIRO QUE SAIU, COMPLETAMENTE, PELA CULATRA

 



A arma usada para o abatimento da candidatura do ex-presidente, Luís Inácio Lula da Silva, nas eleições de 2018, foi preparada em concurso de várias personalidades interessadas no defenestramento das intenções eleitorais de Lula. Arquitetaram tudo direitinho para tirar o petista do páreo. Porém, esconderam o gato, mas deixaram o rabo de fora. A intenção da conspirata eleitoral, era alçar a candidatura do peessedebista, Geraldo Alckmin. Para isso concorreu quase toda a elite política nacional, liderada pelo famigerado “centrão”. O problema é que esqueceram de combinar com o povo. Respaldados pelo então juiz, Sérgio Moro, e (supostamente) pelo promotor Deltan Dallagnol, concorreram para, num célere e guiado julgamento, excluir Lula do jogo eleitoral e jogá-lo atrás das grades. Conseguiram seu intento.

Vitória de Pirro

Estava dando tudo certo, até que surgiu o tal do Jair Bolsonaro. Deputado componente do chamado “Baixo Clero” da Câmara Federal, radical de extrema direita e, o que é mais grave, sem nenhum preparo ou competência para ocupar a maior magistratura do país. Inicialmente achavam, os conspiradores, que o reles deputadozinho não oferecia perigo. Aí, veio a peixeirada que mudou todo o roteiro da novela. Inflamado, o bolo começou a inchar. Bolsonaro deu-se ao crescimento nas pesquisas eleitorais, credenciou-se como alternativa viável para combater a corrupção petista e, num ato de completa irresponsabilidade, o Brasil elegeu um insano, incapaz e arrogante para dirigir os destinos da Nação. Derrotada, a elite conservadora, passou a amargar os frutos da articulação armada para anular o homem dos nove dedos.

Terceiro Ato

Como tudo na vida, para toda ação há uma reação. Quem planta ventos, colhe tempestades. Preso Lula e eleito Bolsonaro, parecia que a derrota sofrida pelo establishment não havia causado muitas feridas e todos já se acomodavam com a nova ordem: o discurso de campanha do “mito” já se esboroara; o “centrão” já cooptara o novo governo; o PT se esfacelara. Parecia que estava tudo nos conformes e a bola estava sendo, tranquilamente, chutada para a frente. De repente, eis que desatou tremenda tempestade, quando o Ministro do STF, Luís Édson Fachin decretou a anulação dos processos de Lula e o Supremo Tribunal decretou a suspeição do juiz Sergio Moro. Descobriram a farsa, soltaram Lula e, agora, o quadro mudou completamente. Os atores do engodo estão com a mãos na cabeça, Lula, que acaba de tomar a segunda dose (da vacina), vai botar o pé na estrada, e seja o que Deus quiser. Só o tempo vai dizer se todo esse enlinhado de coisas vai botar, novamente, Lula-lá.

DSMR, em 23 de abril de 2021.

 

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