ODE

terça-feira, 1 de junho de 2021

MANIFESTAÇÕES CONTRA O VÍRUS MOBILIZAM O BRASIL



No último sábado, o país inteiro se mobilizou numa manifestação pacífica (à exceção do Recife onde a polícia militar reagiu com truculência desnecessária), em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Na verdade, o movimento não se restringiu apenas ao âmbito nacional. Aconteceram protestos também em Lisboa, Paris e Nova York. Mesmo usando máscaras, os manifestantes provocaram aglomeração num desrespeito aos protocolos de proteção contra a Covid-19, mas é impossível de conter isso, uma vez tratar-se, hoje no Brasil, de uma guerra política, pró ou contra Bolsonaro. Para toda ação, cabe uma reação e, para muitos, o presidente é o próprio vírus.

O problema se agrava quando vemos essa temerária polarização que em nada contribui para o desenvolvimento ou para a democracia do Brasil. Temos um presidente enfraquecido politicamente, que não tem nada para mostrar em termos de realizações. Pelo contrário, comanda um governo que produziu alta da inflação, desemprego, aumento nunca visto da gasolina, cizânia nas Forças Armadas, ódio entre os brasileiros e, quase meio milhão de mortes pela maldita doença que nos assola a todos. Quanto à Covid-19, o presidente quer que o vírus faça o trabalho que deve ser feito pela vacina: a imunidade de rebanho.

O que tem estimulado o povo a ir às ruas, em protesto contra o governo é, além da grave situação econômica do país, o comportamento irresponsável do presidente da República. Bolsonaro é tal qual um macaco em loja de louças. Com seu comportamento de agitador, a cada dia cria situações inusitadas e incompatíveis com o cargo que ocupa: “Não sou coveiro”; “Vou comprar vacina à sua mãe”; “Quem tomar a vacina da China pode virar jacaré ou falar fino”. É assim que age o maior magistrado da Nação. E o pior, é que essas palhaçadas têm enfeitiçado alguns segmentos das Forças Armadas, quando até generais, se submetem como serviçais desse energúmeno. Ainda bem que o povo está indo às ruas.




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