Política é arte e como tal, tem seu tempo para tudo. Perder o
timing (usando essa expressão em
inglês), pode ser fatal. Não sei se por estratégia ou por equívocos de alguns
assessores, denota-se que o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) deixou passar o
tempo de algumas coisas. Primeiro, não soube aproveitar a disposição do grupo
liderado pelos deputados Hugo Motta (federal) e Adriano Galdino (estadual) -
ambos abrigados hoje no partido Republicanos -, em apoiá-lo na postulação a uma
candidatura ao Senado Federal.
Nesse caso, Ribeiro não teve a mesma disposição que
demonstrou o deputado Efraim Filho (União Brasil) quando se desprendeu de suas
bases eleitorais e as distribuiu entre os que estavam dispostos a apoiar seu
nome como pré-candidato a senador. Depois, confiante em que seria bastante a
vontade do governador, não contou com o competente desempenho de Morais junto
aos prefeitos e lideranças paraibanas, o que resultou em apoios vários ao seu
nome.
Agora, tentando ainda tomar pé, Aguinaldo Ribeiro patina numa
situação em que só conta com o respaldo do apoio do prefeito da capital, Cícero
Lucena (PP), e já fala até em candidatura avulsa, ou seja, independente do
apoio do governador João Azevedo (PSB), afirmando que não arrisca uma
candidatura bancada por um grupo dividido. Conhecido pelo gosto de somente
tomar decisões na última hora, Aguinaldo, desta vez, perdeu o timing para a avalanche que se constitui,
hoje, a candidatura de Efraim Morais.
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