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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Exacerbamento de massacres nos EUA nos deixam com as barbas de molho

Sempre soubemos todos, que a democracia nos EUA tem uma chaga quase incurável. Ali, a liberdade, que é cultuada como uma causa pétrea, se torna sem limites no tocante ao direito de seus cidadãos, maiores de 18 anos, possuírem armas fogo de forma fácil e indiscriminada. No entanto, o que reina na terra do Tio Sam é a hipocrisia, pois, não é a liberdade quem comanda essa possibilidade, mas sim os interesses comerciais da própria democracia.

Nos Estados Unidos, os que fazem as leis (deputados e senadores), são financiados pela milionária indústria de armamentos. Naquele país, o lobby desse segmento é forte e imbatível. Da mesma forma que temos aqui no Brasil, as bancadas do agronegócio e da Bíblia, nas nossas Casas Legislativas, lá, existe uma forte bancada das armas e das munições, financiadas pela indústria armamentista que despeja milhões de dólares nas campanhas eleitorais desses políticos, principalmente, quando se trata de candidatos do Partido Republicano.

Resultado disso é que, nos EUA, existem, em posse de seus cidadãos, mais armas do que habitantes naquele país e, a consequência tenebrosa disso, são os crescentes massacres ocorridos em escolas, supermercados, igrejas, etc., perpetrados por fanáticos, racistas, alienados, o que vem crescendo e dizimando vidas inocentes. No início desta semana, um jovem de 18 anos, invadiu uma escola de ensino elementar e assassinou 19 crianças e duas professores. Somente neste ano, já se registram mais de 100 atentados dessa natureza.

É certo que este assunto sequer deveria nos ocupar em discorrer sobre ele aqui no Brasil. Essa chaga americana é antiga e constitucional, esse direito ao porte de armas consta na Carta Magna daquela Nação desde 1796. O problema é que, aqui no Brasil, por determinação do atual governo, a disseminação de armas e o porte legal delas vem se tornando também algo institucional. É como se estivéssemos cegos para esse perigo. A coisa é tão escandalosa que o próprio presidente da República, posa para fotografias imitando estar com uma arma nas mãos.

A permanecer essa ordem, aonde vamos parar? Seremos, em breve, um novo EUA? Ao invés de seguirmos o exemplo daquela grandiosa Nação no campo da economia, por que escolhemos ser infectados pela pior chaga que a corrói? Quais os benefícios que podemos auferir de uma população armada? É triste constatar que alguns, que fazem parte de um povo pacífico como o brasileiro, ainda se submetam aos caprichos de um maluco. Atentemos, a maioria, para que a nossa “bancada da bala” no Congresso Nacional, ainda incipiente, não cresça nas próximas eleições. Botemos nossas barbas de molho.







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