Na década de 1970,
vários caminhões “paus de arara” saíam de Princesa, todos os anos, conduzindo
romeiros para visitar a cidade de Juazeiro do Norte, principalmente, para
conhecerem a estátua do padre Cícero Romão Batista. A estátua, inaugurada em
1969, tem 27 metros de altura e é a segunda maior do País, perdendo apenas para
a do Cristo Redentor. Isaura, que trabalhava na casa do eletricista
princesense, Expedito Leandro de Carvalho, mais conhecido por “Tozinho”,
empreendeu também uma viagem a Juazeiro para conhecer a estátua do “Padim
Ciço”. De volta a Princesa -
exagerada que era -, Isaura passou a relatar o que viu lá em Juazeiro e,
Tozinho, muito espirituoso, escutava tudo sem tecer qualquer comentário. Dizia
Isaura:
- Tozinho, você precisa conhecer a “estauta”. É enorme! Só um
botão da batina de “meu Padim” é maior do que um prato grande de comer. O
chapéu é quase do tamanho de um fusca. E o nariz. Ah... O nariz é quase do
tamanho de um silo pequeno.
Diante dessa
exagerada dissertação de Isaura, Tozinho irritou-se e disse:
- Ah... Isaura. É por isso que eu vi uma carreta passar por
aqui carregada de fumo. Deve ser pra fazer torrado pro padre Ciço. “Laiga” de
ser mentirosa mulé.
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