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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Em entrevista ao Jornal Nacional, Lula tirou de letra

O ex-presidente Sarney já disse: “Conversar com Lula é muito perigoso. Ele é muito envolvente. Poucos resistem à sua sedução”. E foi isso o que aconteceu, ontem (25), na entrevista concedida pelo ex-presidente ao Jornal Nacional. Lula respondeu a todas as perguntas e, de forma natural e tranquila, tomou conta do pedaço. Quanto às perguntas sobre a Operação Lava-Jato, o ex-presidente afirmou que, naquele caso, o processo fugiu da Justiça para o campo da política e, sem demonstrar rancor algum, reafirmou seu propósito de - em caso de vitória nas urnas -, governar para todos.

Realçou a aliança como ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que figura na chapa como seu vice, dizendo que governará conjuntamente com ele. Quanto às perguntas sobre o governo Dilma Rousseff, deu um recado, afirmando que governará com os melhores sem olhar para o passado. Debochou do atual governo dizendo que escolherá o Procurador Geral da República obedecendo à lista tríplice; que não decretará sigilo de 100 quanto aos assuntos que possam lhe incomodar e que a Polícia Federal voltará a ter a autonomia de antes.

Envolvente e de ânimo desarmado, Lula afirmou que debelará a inflação, acabará com a fome, priorizará a criação de emprego e renda e promoverá, de novo, a inserção dos menos favorecidos no contexto da vida nacional. Quanto à pergunta se se comporia com o “centrão”, o ex-presidente declarou que fará acordos com os partidos e não com blocos. Condenou o “orçamento secreto” afirmando que não será refém do Congresso Nacional. Quanto à política externa, disse que fará o Brasil amigo de todo mundo sem contencioso com nenhum, país. Experiente que é e, em sintonia como momento nacional, Lula tirou de letra.





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