ODE

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Um presidente “chulo”

O espetáculo mambembe, a que o Brasil assistiu no dia do aniversário de seus 200 anos de Independência - promovido pelo mais alto magistrado da Nação -, foi algo que ficará marcado, nos anais da República, como um dos momentos mais vexatórios já registrado numa manifestação pública. Pela importância do Brasil, no concerto das nações, a repercussão internacional nos deixou, a todos, envergonhados pelo comportamento chulo do nosso presidente da República.

Em discurso público, pronunciado de um palanque, por ocasião das comemorações do Bicentenário da nossa Independência, o presidente Jair Messias Bolsonaro – misturando solenidade cívica com campanha eleitoral -, após louvar a Deus e beijar a boca de sua esposa, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, autoproclamou-se: “imbrochável!”. Isso mesmo! E não parou por aí quando puxou um coro repetindo essa intraduzível palavra, no que foi acompanhado por alguns dos que o escutavam.

O constrangimento promovido pelo presidente não parou por aí. A imprensa mundial se viu incapaz de traduzir esse neologismo chulo e obsceno; os pais se viram em saia-justa para explicar aos filhos o que significava aquela palavra; os evangélicos ruborizaram diante desse pronunciamento contido de termo reprovável e, o resto do Brasil, envergonhado, se viu ridicularizado perante o mundo, por ser comandado por uma figura caricata, que sem postura, desmerece o cargo que ocupa.

A palavra “imbrochável” não consta em nenhum dos nossos dicionários. É um termo chulo, de baixo calão que, usado em roda de conversas obscenas, mais se traduz como uma pornografia. Jornais de primeira linha, como o americano THE NEW YORK TIME, tiveram dificuldades em traduzir o significado do termo. Até as pessoas que ali estavam, a escutar a fala do presidente, em sua maioria, se recusaram em repetir o coro. No exercício da função de presidente da República, Bolsonaro aproveitou o Dia da Pátria para dizer à Nação que não sofre de disfunção erétil. De um presidente oriundo do baixíssimo clero, não poderíamos esperar respeito à liturgia do cargo.





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