ODE

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

O povo brasileiro não votou num programa de esquerda

As eleições presidenciais do ano passado tiveram uma conotação nunca vista na história política do Brasil. Agenda alguma foi apresentada pelos candidatos, tampouco cobrada pelo eleitores. Ideia alguma foi discutida. Foi uma eleição plebiscitária: do contra ou a favor. Aqueles que depositaram seu voto de confiança em Jair Bolsonaro (PL), em 2018, se arrependeram e, sem opção, tiveram de sufragar seu oponente mais competitivo, no caso, Lula do PT.

Foi tão diferente, o pleito, que os eleitores sequer deram bola aos demais candidatos - estes com propostas sérias, consistentes e exequíveis, a exemplo de Ciro Gomes e Simone Tebet. A briga ficou restrita a Lula x Bolsonaro. Lula que é, sem dúvidas, o maior líder político do Brasil, contou com seu fiel eleitorado mais à esquerda. Bolsonaro, que encarnava a mudança, ao invés de dizer a que veio, disse bobagens demais, conspirou contra a democracia e, por isso, deu com os burros n'água.

Eleito, agora, Lula vem com um discurso esquerdizante demais. Discorda dos juros altos com críticas acerbas ao presidente do Banco Central; Exalta demais o social, tudo isso na contramão da promessa de um governo de colisão e de união nacional. Não que o social não seja importante. O problema é que esse realce, enquanto agrada aos petistas, desagrada ao negócio, que fica temeroso de uma gastança desenfreada que pode vir a comprometer a estabilidade econômica.

Ademais, em que pese a nossa democracia haver passado por uma prova de fogo, o que, de certa forma, lhe proporciona um certo amadurecimento, tudo se apresenta ainda muito frágil. Se a extrema direita não tem votos suficientes para eleger um presidente, com seu radicalismo, se apresenta ainda com força de atrapalhar um governo sem uma base sólida. Afinal de contas, a maioria dos brasileiros e brasileiras, não votou num programa de esquerda, mas sim, para enxotar da presidência da República, um maluco irresponsável.




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