ODE

sexta-feira, 28 de julho de 2023

LAMPIÃO, REI DO CANGAÇO

No Nordeste brasileiro

Meio a caatinga e mormaço,

Numa época em que a lei

Era na bala e no braço,

Viveu por essa ribeira

O Virgulino Ferreira

Lampião, Rei do Cangaço.


Ocupando cada espaço

Viveu por esse torrão,

Implantou a sua lei

Sem pena, sem compaixão,

Combateu a covardia

Dizendo que não servia

Pra se firmar no sertão.


Despertou veneração

Foi amado e odiado,

Mesmo sendo controverso

Pelo sertão é lembrado,

Que no punhal e no braço

No cenário do cangaço

Edificou seu reinado.


Procurado por volantes

Caçado como bandido,

Sem ter sossego um instante

Fora sempre perseguido,

Escapou de mata em mata

Mas ao vê uma mulata

O capitão foi vencido.


Maria Bonita foi à bela

Que enfeitiçou Lampião,

Da fera mais perigosa

Foi dona do coração,

Entre justiça e terror

Viveram um grande amor

Nas caatingas do sertão.


Lampião seguiu vivendo

Por todo esse rincão,

Dando fim aos traiçoeiros

Existentes no sertão,

Mas o que mais combateu

Um dia lhe apareceu

Na primeira refeição.


A maldita traição

Informou o matador,

E na grota do angico

A cena foi de terror,

Lampião foi metralhado

Com Maria Bonita ao lado

No final de um grande amor.


Poeta cordelista

Rena Bezerra



Nenhum comentário:

Postar um comentário