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segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

O Circo está sendo desarmado

Pela tradição circense, no derradeiro espetáculo de qualquer empanada que se preze, acontece o casamento do palhaço. No caso de Princesa, comparando a atual administração municipal com um Circo que já teve de tudo, desde álcool, sexo, droga e rock’n roll; acrobacias para escalada de muros; shows esvaziados; teatro de fantoches e até uma vaca louca, sem falar nos espetáculos ridículos que vem apresentando ultimamente e pelos últimos acontecimentos políticos, dá-se a entender que, não somente o Circo está sendo desarmado, como também, um ciclo, está-se acabando.

Apenas numa semana, atores dessa companhia mambembe, protagonizaram espetáculos impressionantes. Um, com conotação de palhaçada e, outro, por demais dramático. A palhaçada, deu-se no episódio ocorrido na Sessão Itinerante da Câmara Municipal, quando o presidente do Poder Legislativo açulou os presentes a vaiarem um suplente de vereador da oposição. O drama, foi a entrevista radiofônica concedida pelo vice-prefeito quando o cidadão, Zé Casusa, numa fala linheira e repleta de sinceridade, se disse um pote de mágoas e, só não fez dizer: Tô fora! Dramático para o dono do Circo.

Faz poucos meses que a situação do Circo que está armado em Princesa, há quase sete anos, era de total sucesso. Sucesso de bilheteria e de público; os malabarismos com a coisa pública davam certo e impressionavam a todos; as acrobacias trapezoidais enganaram até à Justiça Eleitoral. No entanto, a partir de meados deste ano que se finda, a coisa mudou, o caldo entornou. Sob o comando do palhaço principal, o picadeiro se transformou num verdadeiro pesadelo. Nem o pão do “comer melhor”, nem o circo de Daniel trouxeram alguma animação para os expectadores.

Enquanto o elenco de artistas – todos prósperos – insiste ainda em produzir espetáculos que possam impressionar a rafaméia que, atrepada nos poleiros, acaricia as pedras que traz nos bolsos, as mágicas que fazem agora se transformaram em truques fajutos e, os malabarismos e as acrobacias são agora feitos pela Polícia Federal quando escala muros. Antes, os animais apresentados eram: cupins, tapurus, pichilingas, dentre outros inofensivos. Agora, depois que a “vaca louca” se soltou, na tentativa de encabrestá-la, correm todos atrás da bicha, em círculos, como fazia Rogério Almeida, montado numa motocicleta no “Globo da Morte”.

Em face disso, fica claro que a população já está saturada desse Circo. As gracinhas do palhaço mayor, só fazem rir aos artistas de seu elenco. A música, é uma só e, o povo, é quem dança e pagando caríssimo. Só para se ter uma ideia, a bilheteria do IPTU, aumentou em mais de 500%! A mágica do IDEB de excelência não foi aplicada na Saúde porque é um truque de ilusão de ótica. Ademais, enquanto os donos do circo circulam em carrões e moram em mansões, o segundo escalão está na lona com salários atrasados. Por isso e muito mais, já está passando da hora do derradeiro espetáculo e, já que o palhaço é solteiro, é fazer logo o casamento dele e pronto. Hoje tem espetáculo? Tem sim senhor! Arrocha negrada!



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