ODE

sábado, 27 de janeiro de 2024

O perigo Trump

Em discurso proferido no meio da semana, após vitória nas eleições primárias dos estados do Alabama e New Hampshire, no processo de escolha do candidato do partido Republicano à presidência da República dos Estados Unidos, o ex-presidente e pré-candidato, Donald Trump, acendeu a luz vermelha quando afirmou que, se eleito, promoverá a vingança contra todos os que o “perseguem” hoje: políticos, juízes, empresários, etc.

Essa afirmação é preocupante porque esse filme já passou outras vezes na história do mundo. Quem não lembra de Adolf Hitler na Alemanha que ascendeu ao poder com um discurso de ódio que envolveu, inicialmente, metade da população daquele país e depois, disseminou-se ao ponto de levar o mundo à II Guerra Mundial e ao Holocausto, tragédia que dizimou milhões de seres humanos.

Preocupa mais ainda o fato de que, a Justiça americana, em exercício de plena democracia, permite que um homem que responde a 91 processos judiciais possa ser candidato a um cargo eletivo de tamanha importância como o que ele concorrerá. Sem falar no precedente quando Trump foi o principal estimulador do atentado ao Estado Democrático de Direito daquela Nação, em 6 de janeiro de 2021, tentando impedir a validação da eleição de Joe Biden.

Agrava-se a situação quando essa vingança prometida e esse discurso de ódio poderão ser validados pelo veredicto das urnas. Donald Trump, com gosto de sangue na boca, quer retornar para usar o cargo em benefício de um segmento que cresce num mundo conflagrado em guerras, vulnerável, portanto, a acontecimentos que poderão muito bem levar a humanidade à derrocada total. Lamentável que isso esteja existindo na maior e mais forte democracia do mundo. A História dá exemplos que se repetem inexplicavelmente.



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