ODE

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

O desmonte da Lava Jato

 

Ninguém está entendendo nada. Todo dia sai notícia na televisão dando conta da anulação de processos, tanto de políticos quanto de empresas, que foram condenados após investigações da Operação Lava Jato. Começou com Lula, que foi investigado, condenado e preso em tempo recorde e, logo que passou o perigo, foi solto. Agora, são os acordos de leniência, celebrados com as empresas tidas como corruptas, que estão sendo anulados pelo mesmo Supremo Tribunal Federal – STF que as condenou.

Desses casos todos, somente o que envolveu Luís Inácio Lula da Silva, ficou claro qual o objetivo do processo: impedir que ele fosse candidato a presidente da República em 2018, porque, se concorresse, ganharia a eleição. É tanto que, logo após o pleito, o mesmo STF que corroborou a sentença exarada pelo celerado Sergio Moro, anulou todo o processo e, submetido às urnas em 2022, Lula foi eleito presidente.

É certo que nem tudo estava errado. É certo também, que havia corrupção, tanto no comportamento de alguns políticos ali denunciados, quanto nas empresas que executavam obras com recursos federais. O problema é que, o objetivo não era mesmo o de moralizar a coisa pública, mas sim de condenar Lula e promover o Moro na política nacional. Como as coisas, nem sempre, acontecem como planejamos, no fim, deu tudo certo para Lula e errado para o Moro.

O juiz Sergio Moro, junto com o procurador Deltan Dallagnol – também de Curitiba –, mancomunados, deitaram e rolaram em prol de seus interesses eleitorais. Inicialmente, lograram êxito quando o primeiro foi eleito senador e, o segundo, deputado federal. Este último já teve seu mandato cassado e, o outro, será julgado no próximo dia 1º de abril. Moro foi Ministro da Justiça em barganha com Bolsonaro, mas rompeu com o então presidente. Depois, voltou às boas com o mesmo e, eleito senador, está em via de ser defenestrado do poder que conseguiu por vias tortas. O tempo é mesmo o senhor da razão.



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