Na política eleitoral não existem candidatos nem patrocinadores destes que possam se considerar fenomenais. Os humores saídos das urnas são ditados, única e exclusivamente, pela vontade do povo. Aqui mesmo em Princesa, com relação aos pleitos municipais, já vimos de tudo: azarões ganhar eleições; políticos popularíssimos serem derrotados por candidatos sem nenhuma popularidade e muito mais estranhezas que são próprias de eleições.
Fenomenal é o povo, quando resolve de sua maneira. O que vemos hoje, em Princesa, é uma pré-campanha eleitoral completamente diferente do que se anunciava há poucos meses atrás. Com o nome de Rúbia Matuto posto como pré-candidata à prefeitura, a disputa virou de ponta-cabeça. Até o início do ano passado, o candidato que o prefeito apresentasse (que até agora ninguém sabe quem é), dito pela boca de todos, ganharia de lavagem.
Hoje, o quadro que se apresenta é completamente outro. Em todas as pesquisas sobre as intenções de votos, a Matuta lidera na frente com larga margem de vantagem. Afora os que têm algum benefício na atual administração, o povo, solto, já demonstra clara preferência pelo nome de Rúbia numa patente evidência de que há muito tempo acabou-se o voto de cabresto. Hoje, os princesenses votam de acordo com suas preferências.
Ademais, a alternância no poder em Princesa sempre foi uma prática. Mesmo no tempo da polarização entre as duas famílias: Pereira e Diniz, isso ocorria com frequência. Desataram-se as amarras, abriu-se a porteira. Agora, o candidato ou a candidata têm de mostrar a que vieram, têm de estabelecer uma empatia com o povo e não podem espelhar uma realidade reprovada pela população.
O melhor slogan para beneficiar a candidata de oposição é o que está sendo usado pelo atual prefeito: "continuidade". Na cabeça do alcaide, essa "continuidade" se refere a mais obras. Já na cabeça do povo, a "continuidade" significa o que o prefeito obrou durante seus dois mandatos. A palavra "continuidade", para a maioria da população, traz logo à mente a prosperidade de Nascimento, os salários atrasados, o sistema de saúde precário, as visitas da Polícia Federal e por aí vai... Já nas eleições de 2020 - quando enfrentou uma oposição desunida - o prefeito
Nascimento, candidato à reeleição, teve maioria menor do que em 2016. Agora, com a oposição coesa, além de não poder mais ser candidato, hesita em apresentar um nome porque não tem garantida a popularidade suficiente para enfrentar esse novo quadro. Mesmo assim, autossuficiente que é, o alcaide aposta no seu taco. O problema é que, a oposição unida e Rúbia mordendo um taco de seu eleitorado, o buraco é mais embaixo.
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