Doutor Armando Caminha de Barros, foi nomeado prefeito de Princesa, pelo então interventor (governador nomeado) da Paraíba, Ruy Carneiro, atendendo indicação do coronel José Pereira Lima, para governar o município no período de 18 de novembro de 1940 a 14 de janeiro de 1945. Doutor Caminha, como era chamado, era natural de Bananeiras, na Paraíba e veio para cá com a exclusiva incumbência de administrar o município.
Viviamos o Estado Novo, período de autoritarismo decretado pelo presidente Getúlio Vargas, desde 10 de novembro de 1937. Nesse tempo, não havia eleições para prefeitos nem as Camaras Municipais funcionavam. Aqui chegado, doutor Caminha pôs as mãos na massa e, decidido, resolveu urbanizar as principais ruas da cidade. Começou pela instituição do serviço de limpeza e coleta de lixo e, também, pela proibição de animais " soltos nas ruas.
Não bastassem essas e outras providências de menor monta, o novo prefeito resolveu embelezar a cidade. De uma canetada, doutor Caminha, decretou que, os moradores das casas das ruas principais: "Rua Grande", "Rua Nova", "Rua da Avenida", "Rua São Roque", "Rua da Lagoa" e as pequenas ruas do entorno da Igreja, construíssem os parapeitos de suas casas. A ordem era para todos, tanto para os tinham condições financeiras, quanto para os que não tinham e, para estes, a prefeitura subsidiava a obra.
Naquele tempo, as casas eram construídas sem "eira" nem "beira". "Eira" significava a extensão do telhado que protege as paredes das chuvas e, "beira", o ornamento edificado sobre a "eira". Em menos de um ano, todo o casario do centro da cidade estava com seus frontispícios construídos de forma bonita e elegante. Para isso, contribuiu a arte do mestre de obras princesense, José Ferreira Dias, mais conhecido por "Ferreirão". Com isso, as casas ficaram apresentáveis e belas, privando olhares para seus feios telhados. Até hoje, é o doutor Caminha, considerado o grande urbanista de Princesa.
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