“Seu” Iês, como era chamado por todos em Princesa, o cidadão
Eije Kumamoto, era um japonês que foi trazido do porto do Recife, pelo coronel
José Pereira Lima, para auxiliá-lo aqui em seus negócios. Chegou a Princesa em
1923. Aqui se casou com dona Marly Duarte, com quem teve os filhos: Ítalo,
Gílson, Eire e Hélder. Mesmo sem falar uma única palavra de português, logo aprendeu
a articular alguma coisa que lhe facilitasse a necessária comunicação e, mais
depressa ainda, se adaptou à sua nova terra. Inteligente que era, passou a
auxiliar o coronel em sua usina de descaroçamento de algodão e nos engenhos que
produziam açúcar e rapadura.
Diligente em suas atividades, em pouco tempo passou a gerenciar os negócios comerciais e as finanças do coronel Zé Pereira. Com o advento da chamada “Guerra de Princesa”, Eije Kumamoto passou a ser o encarregado da folha de pagamento dos cabras de Zé Pereira, também chamados de “Libertadores de Princesa”, ofício que desempenhou com coragem, honestidade e competência. Depois da Guerra, trabalhando incessantemente, se tornou grande negociante do ramo de algodão e fez-se homem de posses. Criou sua família com decência, educando todos os filhos. Já idoso, foi residir em João Pessoa e lá faleceu, com mais de 90 anos de idade, em 12 de maio de 1992.
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