ODE

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Anistia, um assunto polêmico que movimenta Brasília

Nunca se viu tamanho engajamento de deputados em prol de um assunto tão polêmico como a anistia aos envolvidos em tentativa de golpe de Estado como vemos agora. Nunca, os parlamentares se puseram do lado do povo de forma tão incisiva. Para os desavisados, isso parece salutar quando políticos se interessam pelo destino dos menos favorecidos. Acontece que, o que vemos, é uma verdadeira inversão de valores. Esse empenho, não é para livrar os “pobres de Cristo”, aqueles “idiotas úteis” (nas palavras de Demétrio Magnoli) que serviram de massa de manobra para os que não queriam largar o poder.

Essa manobra, comandada pelos conservadores que têm cadeira na Câmara Federal, tem destino diverso ao que dizem nos palanques. Eles querem mesmo é livrar a cara do ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro e a dos militares que, sob suas ordens, tentaram abolir a democracia no Brasil. É claro que podem ser revistas as penas que foram impostas aos que participaram do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, quando depredaram as sedes dos poderes da República. Talvez a dosimetria tenha sido exagerada, mas não é exagero punir vandalismo com o intuito de uma ruptura institucional.

A dosimetria pode ter sido exagerada, repito, para alguns casos. Porém, não se pode minimizar a gravidade dos fatos. Deixar por isso mesmo é o mesmo que estimular que outros vandalismos sejam patrocinados por aqueles que não respeitam o resultado das urnas, ou seja, a anistia significa a consagração da impunidade. Não podemos esquecer que até uns tais de “kids pretos” (grupo e elite do Exército), foram mobilizados para monitorar o ministro Alexandre de Morais, incumbidos de assassinar este, o presidente Lula e o vice, Alckmin. Ainda bem que, o presidente da Câmara Federal, Hugo Motta, já decidiu que não pautará o projeto de anistia antes de uma ampla discussão.



Nenhum comentário:

Postar um comentário