Quase nada no mundo tem maior repercussão do que a morte de um Papa. Líder da Igreja Católica Apostólica Romana, o Sumo Pontífice da Igreja Católica é uma personalidade de suma importância em quase todos os países do mundo. A morte do papa Francisco prova isso. Desde ontem, os noticiários televisivos se põem exclusivos em função de seu falecimento. Após 12 anos de pontificado (2013/2025) e de mais de dois meses de sofrimento com uma doença pulmonar grave, Francisco pereceu na manhã de ontem, o que comoveu o mundo.
Francisco assumiu o trono de São Pedro em meio a uma grave crise de credibilidade da igreja de Roma. Depois da surpreendente renúncia do papa Bento XVI, o cardeal arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa e teve como desafio botar ordem na casa. Em face das falcatruas financeiras promovidas pelo Banco do Vaticano e dos escândalos de pedofilia envolvendo padres e prelados ao redor do mundo, Francisco chamou o feito à ordem e moralizou, o quanto pôde, a Igreja que congrega mais de 1,5 bilhões de fiéis.
Não bastasse isso, o pontificado de Francisco foi marcado pela humildade e pela capacidade de dialogar com todos os segmentos, um papa que, ao invés de julgar, acolhia. Perguntado sobre o papel dos gays na Igreja, Francisco respondeu: "Quem sou eu para julgá-los?" Foi empático com os fiéis católicos e também com os não crentes. Foi de encontro aos negacionistas e aos poderosos quando defendeu o meio ambiente e repudiou as guerras. Um papa revolucionário que humanizou a fé através de uma verdadeira humildade. O mundo está de luto.
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