ODE

sábado, 3 de maio de 2025

Uma reedição do Holocausto?

Expressões ditas ou escritas, muitas vezes, provocam sentimentos fortes, já as imagens, essas, falam por si só. Assistindo, ontem (2), ao noticiário televisivo fiquei impressionado quando da veiculação das imagens do povo palestino, na Faixa de Gaza, desesperado em busca de comida. Porém, mais impressionante ainda, foi a imagem de um garoto de 13 anos de idade, esquálido, deitado numa cama, completamente inanimado pela fome, esperando agora – ao invés de comida – a morte.

Acuados pelos bombardeios israelenses que vêm de cima e pela proibição imposta pelo governo de Israel da entrada de ajuda comunitária, o povo palestino – que não pode sair dali – morre, literalmente, quando não pelo efeito das bombas, de fome. Embora essa grave situação salte aos olhos de toda a humanidade, ninguém toma uma providência para que, aquela guerra, deliberadamente massacrante para os civis, tenha um fim. Para cada terrorista morto, do Hamas, morrem cerca de mil civis em sua maioria idosos, mulheres e crianças. Um verdadeiro massacre.

A imagem a que me refiro nos remete, em similaridade, às dos judeus resgatados dos campos de concentração nazistas da II Guerra Mundial. A figura do garoto agonizante em nada difere da dos judeus massacrados de Treblinka, Auschwitz, etc. Parece que, no entender do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o que aconteceu nos campos da morte da II Guerra fez escola no sentido contrário: não como exemplo para que não mais aconteça, mas sim um ensinamento pedagógico. E, o pior, é que tudo isso é feito em nome de Deus. Imaginem se fosse em nome do diabo.



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