ODE

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

JOÃO AZEVEDO: “UM POTE ATÉ AQUI DE MÁGOAS”





“Saio do PSB em busca da democracia perdida”. Foram estas as palavras iniciais da Carta de João Azevedo ao povo paraibano, comunicando sua desfiliação do partido (PSB) que o elegeu governador há menos de um ano. A decisão do governador paraibano se deu motivada pela dissolução do diretório estadual do Partido, seguida da intervenção nacional ainda no mês de agosto passado. Desde então, segundo Azevedo, este aguardou que os ânimos serenassem e o diálogo fosse restabelecido. Como nada disso se configurou, somado às constantes críticas e aos ataques desferidos pelo ex-governador Ricardo Coutinho à sua pessoa e à administração que comanda, o copo da tolerância de João transbordou ontem. Após tomar conhecimento do teor da última entrevista do criador contra a criatura - quando Coutinho disparou acerbas críticas ao ex-aliado -, o governador João tomou a decisão de pedir o chapéu e sair. Na carta, Azevedo não revelou para qual partido migrará. Disse apenas que não flerta com o extremismo nem com o fanatismo político, seja de direita ou de esquerda e que vai para uma sigla partidária que respeite a democracia. Em resposta à carta do governador, o diretório estadual do PSB emitiu nota criticando sua decisão e o tachado  de traidor e dissimulado.

Em Princesa

Como sabemos que o poder embevece a quase todos, ficamos com a certeza de que a debandada será geral. Principalmente daqueles que não querem perder o comando dos cargos comissionados que lhes são concedidos para exercer ou indicar. Em Princesa, o prefeito já anunciou que vai também se desfiliar do PSB. Nascimento realçou a importância do ex-governador Ricardo Coutinho na eleição de João Azevedo, mas disse que acompanhará este último para onde ele for. Já o vice-prefeito, doutor Aledson Moura, aliado de primeira hora do governador João e do secretário Chefe da Casa Civil, o princesense Edvaldo Rosas, informou a este Blog que já havia afirmado, desde o mês de agosto, que acompanharia o governador em qualquer situação e para qualquer partido. O problema que se apresenta agora deverá ser resolvido pelo governador. Como não existe mais o instituto da famigerada sublegenda da época da ditadura, um partido não pode ter dois candidatos a prefeito. Nesse caso, em Princesa, Azevedo terá de optar por uma das duas candidaturas: a do doutor Alan Moura ou a do nome indicado por Nascimento. Com a palavra, o articulador político Edvaldo Rosas.


(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 04 de dezembro de 2019).

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