Quando alguém se refere à Covid-19, me vem à memória,
imediatamente, a figura clássica da “morte” com sua foice característica em
punho. Ultimamente, é justificável pensar assim, pois, diante da
implacabilidade com que vem agindo essa terrível e misteriosa doença, que mata
sem pena e aleatoriamente, sentimos um desamparo total. É certo que a vacina já
está chegando, mas quando? Será que esse governo incompetente está falando a
verdade quando diz que o imunizante salvador será distribuído, equitativamente,
por todas as Unidades da Federação? Será que as doses serão suficientes? Falam
que, inicialmente, serão 8 milhões de doses. Ora, se formos distribuir
equitativamente, essas vacinas, pelo Brasil inteiro, cidades do porte
populacional de Princesa, receberão em torno de 5 doses cada. Não seria de
melhor alvitre, que fossem escolhidas as regiões onde a doença grassa com maior
intensidade? Mas, não. O governo do incompetente negacionista, quer mesmo é a
espetacularização, tentando consertar erros iniciais. Enquanto isso, todo dia
temos notícias de mais contágios e mais mortes. A foice afiada dessa doença
corta algumas poucas cabeças coroadas – que viram notícia televisiva -, mas
ceifa e vai continuar ceifando sem pena, as de milhares de pobres anônimos que, desamparados nos grotões, jamais terão o
direito à vacina. Pelo que vemos, acho que as autoridades de saúde que deveriam
cuidar do povo, tiraram a escada e teremos que nos segurar no pincel.
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