ODE

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

A IGREJA CATÓLICA SE RECICLA

 



Houve um tempo, em que a Igreja Católica não abria mão de certos preconceitos considerados causas pétreas. Quando do descobrimento das Américas, questionou-se, nos meios curiais romanos, se os índios teriam alma; a pederastia, chamada de “sodomia”, era considerada pecado mortal; filhos ilegítimos (fora do casamento), não podiam ordenar-se padre, tampouco negros e, para culminar, nesse concerto ideológico, o Vaticano vaticinava: “Fora da Igreja Católica não há salvação”. Hoje, com o Papa Francisco, tudo isso caiu por terra. Agora, por determinação papal, respaldado pela infalibilidade do Pontífice, gays podem unir-se civilmente porque, segundo o chefe da Igreja: “Eles também são filhos de Deus”. Neste ano, a Campanha da Fraternidade, coordenada pela CNBB – Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros, incluiu no seu Lema, a defesa das comunidades LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

Bênção restrita

A benção concedida pelo Papa se restringe, hipocritamente, ao reconhecimento do casamento gay, uma vez não permitir que pessoas do mesmo sexo subam ao altar para se casarem formalmente no rito católico. Ou seja, abre um olho e fecha o outro, isso para a inclusão necessária de um segmento rico, que muito pode contribuir com o óbolo de São Pedro. Quem não sabe que os bens dos hereges queimados nas fogueiras da Santa Inquisição eram confiscados pela Igreja? Agora, com essa necessária reciclagem, tanto se pode aumentar a freguesia, como também arrecadar mais. Na esteira dessa decisão interesseira, há um ponto positivo, a admissão dos bastardos de Deus ao seio da Igreja salvadora.

DSMR, em 22 de fevereiro de 2021.

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