ODE

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

O Império dos Cheques

Escutando o programa radiofônico, “Tribuna Popular”, através da Rádio Web Princesa, no último sábado (25), que é comandado pelos suplentes de vereador, Cabo Domingos e Márcio Caboclo – diga-se de passagem, uma necessária voz de oposição -, me chamou a atenção uma denúncia, veiculada por Márcio Caboclo, sobre a liberação, pelo prefeito Nascimento, de cheques no valor de R$ 500 para que, presidentes de Associações Comunitárias, possam financiar feijoadas comemorativas do Dia da Mulher, em várias comunidades rurais do município.

Beleza, tudo bem; as mulheres merecem sim a comemoração de seu dia. Todavia, a forma como esses cheques estão sendo liberados, não me causou estranheza, mas sim, espanto quanto à banalização pelo uso do dinheiro público de forma irregular e tão descarada. Senão vejamos: Segundo Caboclo, o cheque de R$ 500, é liberado mediante a lavratura de um laudo médico, que destina esse dinheiro para tratamento de saúde, no nome de uma pessoa da confiança do prefeito e de alguns vereadores, mas, destinado a financiar a tal feijoada.

Não fosse isso uma praxe, essa denúncia seria uma “bomba”. Mas, não. Aqui em Princesa, isso já se tornou banal. Tudo o que o prefeito Nascimento promove para a distribuição de benefícios sociais, é feito através de cheques. É cheque para a distribuição de botijões de gás; é cheque para a concessão de cestas básicas; é cheque para tudo. A situação se agrava porque, os cheques, são nominais aos beneficiários, endossados pelos mesmos, mas são retidos na Secretaria de Finanças enquanto, os agraciados, recebem os benefícios, no mais das vezes, pela metade.

Recentemente, quando da distribuição de cestas básicas, os beneficiários endossaram cheques no valor de R$ 250, mas, só receberam uma feirinha em valor inferior a R$ 100. Agora, a situação se agrava mais ainda, quando a burla envolve dinheiro que deveria ser destinado à Saúde do povo. Segundo Márcio, o cheque de R$ 500, em tese, seria para custear tratamento de saúde de alguém, mas, na verdade, se destina à compra de feijão preto, pés e orelhas de porco, para a feitura de uma feijoada política e, o troco, certamente, servirá para financiar a prosperidade de Nascimento e dos que estão no seu entorno. É o império dos cheques e da imoralidade administrativa.





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