Normalmente (na política), quando as luzes se apagam o palco fecha o pano para os "atores" e "atrizes" que desempenharam o último espetáculo e se abrem para as cenas dos capítulos seguintes. Essa normalidade não vem se observando em Princesa. No último sábado (26), o quase ex-prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, num exercício de completo protagonismo, deu entrevista à Rádio Princesa FM num tom de quem continuará mandando.
Enquanto Nascimento, acompanhado de alguns de sua entourage, se locupletava em dizer sobre si, o prefeito-eleito, Garrancho, presente que estava, não deu uma palavra sequer. Aliás, até agora, mesmo eleito, o futuro prefeito não disse nada ainda. Interessante observar também, que sempre que se referia à futura administração, Nascimento citava seu nome, o do prefeito e o do vice como que será, um triunvirato, que comandará a cidade a partir de janeiro próximo.
Emblemático se faz o silêncio do Garrancho. Quem cala consente, ou esse silêncio faz barulho demais? Só o tempo dirá. Isso faz lembrar um episódio acontecido na política de Princesa nos idos de 1996 quando Assis Maria, eleito prefeito, no primeiro dia de seu mandato ao deparar-se com Gonzaga Bento (ex-prefeito e seu principal apoiador) no seu gabinete, disse: "Gonzaga, aqui não cabem dois prefeitos". Na política, a realidade é sub-reptícia e, as pedras, estão sempre nos bolsos para serem arremessadas na hora certa.
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