"Complexo de Vira-latas" é uma expressão criada pelo dramaturgo e escritor pernambucano do Recife, Nelson Rodrigues, cunhada em 1950 quando da derrota da Seleção Brasileira de futebol para o Uruguai na final da Copa do Mundo daquele ano. Justificando a expressão criada, Rodrigues afirmou: "Por 'complexo de vira-lata' entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima."
É o que se vê no mundo hoje, depois da posse de Donald Trump em seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos da América. Em sua primeira incursão no comando da nação mais poderosa do mundo, vimos o nosso então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, sair daqui e ir pra lá somente para prestar continência à bandeira americana e se desfazer em mesuras ao novo comandante dos EUA. Agora, em face do "tarifaço" de Trump sobre os produtos exportados do Brasil para lá, o governo brasileiro recomenda "cautela" em relação às medidas do Tio Sam.
Tá todo mundo pianinho enquanto Trump brinca de governar quando, num dia determina tarifas sobre produtos de outros países e, no outro, suspende a medida por algum tempo, deixando sempre, todos em sobressalto, mas, calados, sem poder dizer nada, afinal, o galego "doido" é o comandante do botão mais poderoso do mundo que, se acionado, pode extinguir a humanidade. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já foi repreendido publicamente; os palestinos já receberam ordens de deixar a Faixa de Gaza; o primeiro ministro do Canadá, Trump o chama de governador do 51° estado americano e, por aí vai. O que se denota é que, para Trump, o resto do mundo é mesmo vira-latas.
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