ODE

quarta-feira, 30 de abril de 2025

ASCOP: 24 anos prestando serviços à Princesa e região.

 

O Escritório de Contabilidade ASCOP – Assessoria e Contabilidade LTDA, coordenado pelo doutor Sebastião César Nunes, completa, neste ano, 24 anos prestando os mais relevantes serviços de contabilidade e assessoria. Desde o ano de 2001, doutor Tião – como é mais conhecido -, juntamente com seus colaboradores, através de seu escritório, presta os mais relevantes serviços dando assistência contábil e assessoria a diversas Prefeituras, Câmaras Municipais, Comerciantes e demais empresas. Além de excelente profissional, é também, doutor Tião, um cidadão de bem que, juntamente com sua esposa Cínthia, representam o que há de melhor na sociedade princesense.



Selada a Federação União/Progressistas, resta saber quando será a briga

Ontem (29), foi batido o martelo e as duas agremiações políticas: União Brasil e Progressistas (PP) se uniram, nacionalmente, formando uma Federação Partidária que deverá, obrigatoriamente, perdurar por quatro anos. Nessa nova configuração, os dois partidos, unidos, representarão a maior força política do Parlamento brasileiro quando terão muito mais dinheiro e poder. Além de formar a maior bancada, a Federação administrará o maior naco do Fundo Partidário: R$ 1,15 bilhões.

Serão 109 deputados federais; 14 senadores; 6 governadores de Estados e 1400 prefeitos e prefeitas. Em que pese esse acordo ser chamado de “união”, o que mais há são divergências. Em estados como Paraíba, Paraná, Pernambuco e Tocantins não há entendimento quanto às possíveis composições com vistas às eleições do próximo ano. Em algumas dessas Unidades Federativas, o clima é de vaca desconhecer bezerro.

Depois de várias discussões, não se chegou a um acordo sobre quem seria o presidente da Federação terminando com um acordo para que, os dois presidentes dos partidos originários, Antônio Rueda (UB) e Ciro Nogueira (PP) comandem, conjuntamente, a nova Federação, o que frustrou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que era o mais cotado para comandar essa nova formação. A briga é de foice, resta saber o desfecho dela.



Aroeira centenária


 

Numa de minhas caminhadas rotineiras, todas as manhãs, pelas estradas do entorno de minha morada, encontrei, certo dia, um morador do Sítio Cedro que, já idoso, me informou ser essa Aroeira (árvore acima retratada), uma das mais antigas desse sítio, informando que a mesma já conta com mais de cem anos de existência. A Aroeira em tela fica na beira da antiga estrada que ligava Princesa a Tavares. Interessante salientar que foi por essa estrada e por essa Aroeira que passou o veículo que conduziu o então presidente João Pessoa e sua comitiva, em 1930, quando de sua famosa visita a Princesa. Aumenta a importância daquela árvore quando constatamos que aquele “pé de pau”, foi também testemunha da nossa história recente. Por isso, vale o registro.



terça-feira, 29 de abril de 2025

Com voto favorável de Efraim, União Brasil aprova federação com Progressistas

Com o voto favorável do senador Efraim Filho (União Brasil-PB), a bancada do União Brasil aprovou, na noite desta segunda-feira (28), a formação da federação partidária com o partido Progressistas. A cerimônia de lançamento da nova aliança está marcada para esta terça-feira, 29 de abril, às 15h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados.

A federação entre União Brasil e Progressistas formará a maior força política do Congresso Nacional, reunindo cerca de 20% dos representantes das duas casas legislativas. Juntos, os partidos somarão 109 deputados federais e 14 senadores, consolidando uma frente robusta no centro da política brasileira.

De acordo com Efraim, presidente do União na Paraíba, "a federação nasce com força dentro do Congresso Nacional e pronta para ser decisiva nas votações dos grandes projetos e na agenda do Brasil". 

O deputado federal Damião Feliciano não participou da reunião da bancada, mas deve participar do anúncio da federação em Brasília nesta terça-feira. A cerimônia também contará com a presença do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, a 2° maior cidade do estado da Paraíba. 

*PRESIDÊNCIA NACIONAL DA FEDERAÇÃO*

Ficou decidido, entre as legendas, que a presidência nacional da federação será compartilhada pelos partidos. Porém, a partir de janeiro de 2026 ficará a cargo do União Brasil e será exercida pelo atual presidente nacional da legenda, Antônio Rueda.

*CANDIDATURAS A GOVERNADOR*

Outro ponto bastante debatido, em estados onde não foi possível gerar consensos, como é o caso da Paraíba, Pernambuco e Paraná, o estatuto prevê no artigo 27 que a decisão sobre candidaturas a governador fica a cargo da Direção Nacional da Federação, e deverá ser definida em março de 2026, antes do período da janela partidária. 

Observadores da cena política   salientam, nas fotos divulgadas pelo partido sobre a reunião que definiu a federação, que Efraim está entre o presidente nacional, Antônio Rueda, e o vice-presidente, ACM Neto, em uma demonstração clara da força de quem é líder da bancada do União Brasil no Senado e presidente da Comissão Mista de Orçamento CMO), a mais cobiçada do Congresso Nacional.

O projeto da federação, segundo líderes partidários da Executiva Nacional de ambas as legendas, foi costurado com muito diálogo, e se apresenta como uma resposta madura ao cenário de fragmentação partidária no país.

"Mais do que um simples bloco parlamentar, a federação pretende ser uma bússola para impulsionar o Brasil rumo a um caminho de equilíbrio e inovação, sempre com responsabilidade fiscal e social", diz a nota divulgada pelo União Brasil, presidido pelo advogado pernambucano Antônio Rueda.

A expectativa é de que, a partir do lançamento oficial, União Brasil e Progressistas atuem de forma integrada em pautas que favoreçam o desenvolvimento econômico e social do país.



Novo papa será escolhido a partir do próximo dia 6 de maio

Após os 9 dias canônicos de luto oficial pela morte do papa Francisco, no próximo dia 6 de maio, 135 cardeais, os chamados príncipes da Igreja Católica, se reunirão em Conclave, completamente isolados do mundo para, em eleição secretíssima, escolherem o nome que deverá comandar a Igreja Católica de Roma: O Sumo Pontífice. Destes, 108 foram nomeados pelo papa Francisco e 7 são brasileiros que representam o terceiro maior colégio eleitoral da Santa Sé. Para ser eleito, o cardeal escolhido deverá ter dois terços dos votos. Pela tradição da Igreja, a eleição é inspirada pelo Divino Espírito Santo porém, o que não faltam são articulações políticas.

Os cardeais eleitores representam 71 países do Planeta Terra e é a primeira vez que os europeus não têm maioria. O Brasil, em que pese ser o maior país católico do mundo não tem a proporcionalidade de força ou influência para a escolha do novo Papa e, pelo que analisam os especialistas em Vaticano, são mínimas as possibilidades da eleição de um papa brasileiro. O favoritismo recai, no momento, sobre o cardeal italiano Pietro Parolin e sobre o filipino Luis Antonio Tagle. No entanto, no mais das vezes, quem entra papa, no Conclave, sai cardeal. Sem candidatos nem campanha eleitoral, essa é a eleição mais imprevisível do mundo.



Senador Efraim Filho prestigia ascensão de Pedro Cunha Lima à presidência do PSD

 

Evento político ocorrido ontem (28) em João Pessoa, com a presença do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, alçou o ex-deputado Pedro Cunha Lima à presidência do PSD na Paraíba. Além de Kassab o evento contou com a presença do senador Efraim Filho (União Brasil), do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima e de várias outras lideranças estaduais, numa demonstração de que, a oposição no Estado, está unida e coesa, segundo Efraim: "dispostos e empenhados na batalha para fazer a Paraíba avançar e essa construção coletiva nos dará ainda mais força". E acrescentou: "Com Pedro à frente do PSD, a oposição ganha mais consistência e se prepara de forma sólida para oferecer a Paraíba um novo projeto".



São José de Princesa completa 31 anos de Emancipação Política

 

Criado pela Lei Estadual n° 5.921 de 29 de Abril de 1994, o município de São José de Princesa remonta ao distante ano de 1801 quando dois irmãos ali chegaram e se estabeleceram. Chamavam-se Félix e José Ferreira da Luz. Logo depois chegaram mais três irmãos, chamados José, João e Antônio, pertencentes à família Bezerra. Os filhos destas duas famílias casaram-se entre si, formando as famílias Ferreira, Lopes, Siqueira e Bezerra. Desde então são as famílias raízes daquele município.

Em 1822, o padre Marçal trouxe para aquele Povoado uma imagem de São José e construiu uma pequena capela. Transformado em Distrito, pertencente a Princesa, São José evoluiu e, em 1994 foi transformado em município, tendo sua primeira eleição para a escolha do prefeito em 03 de outubro de 1996, quando foi eleito, seu primeiro prefeito, Luís Ferreira de Morais, mais conhecido como Luís de Matuto. Hoje, aquela cidade comemora a data de sua Emancipação Política.

Em termos de História e de desenvolvimento econômico, Princesa pode ser mais importante do que sua filha: São José. Porém, a "filha" é bem mais antiga do que a "mãe". Enquanto Princesa engatinhava, São José já era um povoado pujante e são nascidas ali muitas das personalidades que construíram a história de Princesa, a exemplo do padre Tavares Arcoverde, padre Floro, major Floro, coronel Marçal, Luiz do Triângulo, dentre outros, sem falar que os primeiros desbravadores da nossa região se estabeleceram no povoado de Patos (Irerê) e, dali migraram para cá no afã de construir o que é hoje a cidade de Princesa.



segunda-feira, 28 de abril de 2025

A Ceifadeira

 

Zebedeu acordava cedo e seu primeiro afazer era cuidar dos passarinhos. Em três gaiolas grandes ele mantinha presos dois canários da terra, um cabeça vermelha e um golinha. Todos os dias limpava as gaiolas, trocava a água, botava xerém e levava os bichinhos para tomar sol dependurados na parede frontal de sua casa. Era seu maior divertimento, se comprazia com isso. Aliás, eram os passarinhos suas únicas companhias. Depois que sua mulher foi embora com um caixeiro-viajante, sem filhos, "Bedeu" - como era chamado pelos mais íntimos - ficou sozinho e não quis mais conviver com seu ninguém.

Tirante de uma bodega e de um casarão abandonado, perto de sua casa existia somente uma outra residência onde morava um casal de amigos: Batista e Maria. Amigos com algumas reticências, pois, Maria nutria pelos seus três gatos o mesmo amor que ele tinha pelos passarinhos. Todo cuidado era pouco pois os gatos viviam a rondar a casa de Bedeu. Olhando para cima, os bichanos viviam a desejar as aves de estimação do vizinho. Maria era carinhosa com seus bichos e os tratava como gente. Tinham nomes. O maior e mais velho chamava-se "lulu" ', era um gato amarelo de rabo grosso; outro levava o nome de "palito" que magrinho e desnutrido parecia doente e, o terceiro, era um gato preto raciado com angorá braiado com siamês e se chamava "peralta" 

Bedeu cuidava de um pequeno roçado onde cultivava milho, feijão e algumas verduras, frutas e legumes. Mas seu sustento não se atinha somente a isso, fabricava bainhas de faca em couro, consertava selas de animais, amolava facas e era perito na confecção de foices. Na sua solidão, além do canto dos pássaros, sua outra animação era um pequeno rádio de pilha de onde ouvia músicas e se alentava para dormir escutando a "Voz do Brasil". De dia, pouco ligava o rádio para não atrapalhar a cantoria dos pássaros principalmente o show do golinha quando cantava de estalo. Vida simples e tranquila demais, uma bonança, como que prenunciando alguma tempestade.

Batista era casado com Maria. Não tinham filhos. Diziam os fofoqueiros do povoado próximo, nos dias de feira, que ele era "maninho" e que não conseguia apagar o fogo de Maria. Batista - um sujeito moreno, baixo e atarracado -, só ele sabia que não fazia filhos. Quando criança teve papeira que desceu pros ovos e lhe deixou estéril. Maria, era uma morena de boa estatura, feições bonitas, bem feita de corpo e bem mais nova do que o marido. A alegria constante estampada no rosto da mulher contrastava com a sisudez e a rudeza de Batista. Mesmo assim diziam, a boca pequena, que ela mandava nele.

Zebedeu era um homem branco, alto, forte, espadaúdo, de feições másculas e rudes, mas afável no trato. Falava manso e baixinho. Mesmo sem ter tido educação doméstica era um cabra de bons modos. Era de poucos amigos, mas sempre cumprimentava os vizinhos com atenção e, às vezes, aceitava convites para almoçar com eles. Nessas ocasiões. Bedeu notava um comportamento avoado de Maria. No vestir, no sentar, no falar... Isso, mesmo na frente do marido, o que o deixava sempre constrangido com a desenvoltura da mulher de Batista. Se continha porque palpitava Maria.

Certo dia, Batista teve de fazer uma pequena viagem para visitar a mãe doente que morava num sítio próximo e, estranhamente, Maria recusou-se em acompanha-to alegando que não poderia deixar seus gatos sozinhos. O homem foi, Maria ficou. Bastou o esposo partir, a mulher inventou um chá e chamou o vizinho para beber com ela. Tardezinha de uma sexta-feira. Bedeu aprontou-se todo e foi para casa de Maria. "Acho que não tá muito certo a gente ficar sozinhos aqui na ausência de seu marido" , disse Zebedeu antes de sentar-se à mesa de Maria. "Besteira, homem, ele nem precisa saber disso", respondeu Maria. "Senta. Fiz chá e broa de milho, estão gostosas, experimenta..."

Zebedeu, meio envergonhado tirou o chapéu, puxou o tamborete e sentou-se, Maria, ao invés de ocupar o lugar fronteiro a ele na mesa, preferiu sentar-se um pouco afastada encostada na parede. "Serve-se homem, fica à vontade". Bedeu pegou o bule, entornou o chá na xícara, pegou uma broa e começou a refestelar-se com a comida de Maria. Ela pegou apenas uma xícara de chá e voltou para o seu assento. Enquanto Bedeu comia e bebia, de cabeça baixa, nada havia notado ainda. Ao levantar a cabeça para puxar assunto com a anfitriã viu que Maria estava de pernas abertas e sem calcinha com o sanharó exposto como que convidando o homem para refestelar-se também com ele, 

A alta temperatura do chá associada à quentura do sangue que subiu à cabeça de Zebedeu o deixou vermelho e sem jeito. "O que é isso, Maria? Se ajeita!" "Oxe, homem, não gostas?" Provocou Maria sem nenhuma cerimônia e, levantando-se do tamborete puxou Bedeu pelo braço que se levantou sem protestar e, afastando a cortina de chita da porta de seu quarto com a mão, levou o homem para dentro já puxando ele para cima dela. Bedeu já estava pronto. A secura dele encontrou no molhado dela o conforto de um gozo que há muito não experimentava. Feito um galo comeu Maria ali mesmo de portas abertas e rápido, nem as roupas tirou.

Finda a conjunção carnal, o homem se recompôs, fechou a braguilha, pegou o chapéu e fez menção de ir embora. "Parece que não gostou?" Perguntou Maria. "Gostei tanto que gozei, e tu?" "Adorei e quero mais" respondeu a mulher. De olhos baixos o homem balançou a cabeça afirmativamente e, sem se despedir, foi embora para casa. No outro dia, logo cedo, Bedeu, depois de ajeitar os passarinhos foi para o roçado e de lá só voltou à boca da noite. Nesse dia nem almoço levou. Passou o dia trabalhado e matutando sobre o acontecido do dia anterior. Não havia arrependimento, mas sim vontade de fazer de novo. "E se Batista soubesse? Não vou me preocupar com isso agora, o tempo resolve tudo", pensou Zebedeu.

Se a preocupação que lhe aperreava o juizo era a trepada com Maria, tudo isso se dissipou ao chegar em casa. Logo que tirou a tramela da porta viu que alguma coisa não estava certa. As gaiolas no chão e a pequena sala cheia de penas por todos os lados. Nada de passarinhos. Adentrando ao interior da casa o homem viu correr um gato preto com seu golinha na boca ainda esperneando e tentando bater as asas. Correu atrás, mas o felino passou por um buraco que havia na porta da cozinha e desapareceu no empardecer da tarde se embrenhando no mato próximo. Dos outros passarinhos, nem sinal. "Acabou-se minha vida" pensou Zebedeu, "Isso é castigo de Deus pelo pecado que cometi ontem. Ah minha Nossa Senhora, me perdoe e me de de volta os meus bichinhos!" Chorava o homem.

Inconsolável, Bedeu não dormiu à noite e, em sua insônia, arquitetou a vingança maligna. Aquilo não poderia ficar assim. No dia seguinte, armou-se de uma espingarda de fecho e sentou-se em frente à sua casa. "Quem gosta, torna" , pensou. De repente, lá vem o gato preto se esgueirando pelos aceiros do mato. Chegado mais perto, Zebedeu não teve dúvidas: era ele, o peralta! Apontou, atirou e matou o bicho. Correu depressa, apanhou o bichano já inanimado e cumpriu um pensamento que carregava desde criança. Quando menino, ouvia de sua avó - a quem chamavam de catimbozeira - que todo gato preto tinha um osso fino no mucumbu que, colocado entre os dentes incisivos superiores, fazia a pessoa se tornar invisível, se encantar.

Zebedeu não considerava a morte do gato suficiente para completar sua vingança. Agora, queria fazer-se envultado para poder comer Maria na hora que quisesse. Assim fez. Descarnou o gato, tirou o tal ossinho, botou para secar e, no dia seguinte, fez o teste. Aprontou-se todo de novo, botou o osso do gato entre os dentes da frente e foi para casa de Maria. Lá chegando, já viu Batista cortando uns paus de lenha no terreiro. Sem dizer nada postou-se ao seu lado e o homem, nem aí. Olhou para ele, caminhou para lá e para cá e nada. "Vixi Maria! É verdade mermo, tô invurtado!" Pensou Bedeu. Voltou para casa, tirou o ossinho dos dentes e foi de novo para a casa do corno. Antes mesmo de aproximar-se, Batista já foi dizendo: "Tudo bem, Vizinho? A que devo a visita?" "Nada não", respondeu Bedeu. "Tô só passando"

A vingança seria maligna. Dia seguinte, enquanto Batista foi pra roça, Bedeu foi na casa de Maria. Lá chegando, a mulher, acabrunhada, foi logo dizendo: "Tu num viu um gato preto por lá não?" "Vi não", respondeu o homem. "Gato é assim mesmo, aqui acolá desaparece. Pior foi meus passarinhos, foram embora tudim". "Como assim?" Perguntou Maria. "Sei lá, sumiram... Mas eu não vim pra cá pra falar disso. E tu como estás?" E foi logo enfiando a mão direita entre as pernas da mulher. "Quem gosta torna, né?" Foi logo dizendo Maria e caíram na cama de novo. Desta vez, a mulher ficou aflita com a possibilidade de Batista retornar antes da hora e fez tudo ligeiro, mais ligeiro do que da outra vez e botou Bedeu pra ir-se embora depressa.

O tempo passou e ficaram, Zebedeu e Maria, se encontrando com muita frequência. De repente, os cochichos da vizinhança deram conta de que a barriga de Maria tava crescendo e, Batista, desconfiado, pôs a pulga atrás da orelha. "Maria, tu tá doente?" Perguntou o marido. "Tô não, por quê?" "E esse bucho grande?", questionou o homem. "Tô empachada, faz dias que não cago", foi a resposta de Maria. Uma semana depois, em casa mesmo, Maria pariu uma menina. Batista deixou acabar o resguardo para acertar as contas com a mulher infiel. Sem que ninguém esperasse, num sábado de manhã, Batista desapareceu e a casa onde morava com sua mulher ficou fechada. Desconfiado, Zebedeu esperou dois dias e, sem explicação alguma, resolveu verificar o que havia acontecido, Logo cedo do dia resolveu arrombar a porta da casa dos vizinhos.

Entrou e deparou-se com uma cena triste: Maria estirada na cama, morta com o pescoço inchado, deltada por cima de uma criança também morta. Indignado Bedeu procurou a polícia, deu parte e, depois dos procedimentos normais providenciou o enterro de Maria e de sua cria. Novamente veio à sua mente arquitetar outra vingança. Essa mais forte, mais séria. Tinha de matar o homem que ceifou a vida de sua amante e da sua filha. "O ossinho vai ser de grande serventia" , pensou Bedeu.

Descobriu que Batista havia ido morar na casa de sua mãe. Nada mais lhe interessava na vida senão a vingança contra aquele que lhe privou daquele extemporâneo prazer. Ademais, foi embora também junto o fruto daquele absurdo amor. Arrumou as coisas e partiu em busca de seu desiderato. Chegado ao sítio onde Batista se homiziara, localizou o homem, tomou conhecimento de sua rotina diária e determinou-se para a ação. Batista trabalhava todo dia no roçado da mãe, próximo à casa da velha. Era uma sexta-feira à tarde, Zebedeu partiu para as imediações do roçado de Batista e, munido de uma foice, ficou à espera de sua presa.

Chegado Batista ao roçado, Bedeu pôs o ossinho entre os dentes, pegou a foice e partiu para cima do homem que matou sua amada e sua filha. Dois rapazes que trabalhavam a menos de 100 metros, viram a cena e ficaram espantados, estarrecidos e, ao mesmo tempo, pasmos: Uma foice no ar, sozinha, a rodopiar e a desferir golpes mortais na cabeça e nas costas de Batista. Após essa esquisita cena, a vítima dessa inusitada luta caiu morta. A foice desapareceu, os rapazes correram para casa e lá, contaram a todo mundo que presenciaram o "Anjo Ceifador" matar um homem. Ninguém acreditou, mas ficou a lenda - igual à de Hades -, que um homem foi vitimado pela verdadeira entidade chamada de "Morte, a ceifadeira"



sábado, 26 de abril de 2025

SABÁTICAS

. Pressionado por 12 dos 50 Estados e pelos empresários que veem as Bolsas de valores derretendo, Donald Trump, amarelou e recuou na tarifação das exportações dos diversos países, principalmente, a China.

. Esse vai-e-vem dá a medida de como será o governo desse maluco. Brincar de governar com arbitrariedade é uma praxe nas “repúblicas de bananas”, nos EUA porém, o povo não está acostumado com isso. Vai terminar dando a bola de Zé de Ana.

. Aconteceu hoje o sepultamento do corpo do Papa Francisco numa grandiosa solenidade ocorrida na Praça de São Pedro. 56 chefes de Estado estiveram presentes aos funerais do papa mais popular da história recente.  

. Em breve será realizado um Conclave para a escolha do sucessor de Francisco. Em tese, todos os católicos batizados são candidatos em potencial. Com isso, já há quem diga que o sucessor de Francisco sairá da turma do “Café com Deus” e que, seu nome, será João XXIV.

. Falar em papa, o cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, condenado a 5 anos de prisão por fraude financeira e corrupção quer, por fim da força, participar do Conclave para a escolha do novo papa. No Vaticano não tem lei da ficha limpa.

. Depois de 33 anos de “folha corrida”, o arrogante ex-presidente Fernando Collor foi preso por corrupção. Collor sempre fez da política um negócio. O crime compensou até a última quinta-feira (24).

. Durante sua campanha eleitoral em busca da presidência da Argentina, o maluco Javier Milei xingou o papa Francisco chamando-o de satanás. Agora, é o primeiro da fila para assistir às exéquias do Sumo Pontífice. Morte é morte.

. Agora é oficial: o presidente da Câmara Federal, Hugo Motta, bateu o martelo e afirmou que não pautará a PEC da anistia dos golpistas.

. Falar em anistia, um deputado da base governista sugeriu a aprovação de um Projeto de Lei determinando que, toda vez que alguém perder a eleição para presidente da República, possa mandar sua turma quebrar tudo e, depois... Anistia neles!

. O presidente do Senado, agora mais poderoso do que nunca, indicou o nome para o Ministério das Comunicações e sinaliza que parte do União Brasil está com Lula.

. Duas coisas que estão demorando acontecer em Princesa: Uma Sessão ordinária da Câmara de Vereadores e a posse do prefeito Garrancho.

. Falar nisso, nem Nascimento achava que ia ser tão fácil. Nem precisou ir para o Paraguai.

. Dizem, nas ruas de Princesa, que a pior Câmara Municipal é sempre a próxima.

. No São João fora de época deste ano, a prefeitura de Princesa vai gastar a bagatela de R$ 1,2 milhão com o cantor Leonardo e com a banda “Seu Desejo”. Basta pesquisar na internet para constatar que o show mais caro que Leonardo fará, em toda sua vida de artista, será esse de Princesa. Recentemente ele cantou numa cidade do Piauí por meros R$ 300 mil.

. Será que no São João deste ano vai ter quadrilha?

. Falar em milhões, será que o processo da AIJE vai desvendar o problema dos cheques de R$ 750 que foram endossados por aposentados e pensionistas da prefeitura de Princesa.

. Falar em AIJE, uma fonte fidedigna, lá de dentro, me confidenciou que o prefeito de fato (já que não tem barbas) está com as unhas de molho.

. O governador João Azevedo (PSB) disse que o prefeito Cícero Lucena (PP) está esticando a corda. Eu acho que já estão é preparando a corda pra enforcar alguém.

. Os abraços de hoje vão para: Augusto Rodrigues, Chico da Laje, Marcelo da Cachoeira, Beto de Micena, Terezinha de Antônio de Rosendo, Frei Miro, Maria Pena, Walter Rapuano, Luís Cabeção, Manoel Arnóbio, Marcos Borrêgo, Júnior Gás, Nim de Tenório, Fábio Maximiano, Dom Muniz, Dandão de Fófa, Marinho de Milton, Edileuza de Chico Antas, Lourdinha de Zé de Orlando, Aurineide Oliveira, Paulinho da Igreja, Rogal, Lúcia de Luiz Marques, Juarez do SESP, Judite Justino e Pedro Treco.



 

Ministro do STF manda prender o ex-presidente Fernando Collor

Na última quinta-feira (24), o ministro do STF, Alexandre de Morais, determinou a prisão do ex-presidente Fernando Affonso Collor de Mello. Denunciado, em 2015, por falcatruas cometidas com o dinheiro público quando foi acusado de haver recebido propinas da monta de R$ 20 milhões, Collor foi condenado em 2023 mas, somente agora teve sua prisão decretada. O ministro Morais determinou que o ex-presidente deverá cumprir 8 anos de prisão numa sala especial de um presídio em Maceió. Quanto à prisão, não cabe mais recursos, tentam agora, seus advogados, conseguir uma prisão domiciliar. Para melhor conhecimento dos leitores mais jovens, apresento, a seguir, um breve inventário da era Collor.

A Era Collor

Trinta anos após a escuridão da ditadura militar, foram realizadas as primeiras eleições diretas para a escolha do presidente da República do Brasil. Com o Golpe perpetrado pelas Forças Armadas em 31 de março de 1964, cessaram as liberdades democráticas no País. Foram suspensas as eleições para presidente; várias lideranças políticas tiveram seus mandatos cassados; perseguições contra os adversários do novo Regime se constituíram numa verdadeira “caça às bruxas”. A tortura instalou-se nos porões dos quarteis do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Tudo ficou turvo. O jejum de eleições presidenciais durou quase 30 anos, uma vez que o último pleito para a escolha do presidente da República havia acontecido em 1960 quando da eleição do presidente Jânio Quadros.

Em 1985, após a rejeição pelo Congresso Nacional, no ano anterior, da Emenda Constitucional - de autoria do então deputado Dante de Oliveira -, que reinstituía as eleições diretas para presidente da República, as oposições se uniram num consenso e elegeram, indiretamente, através de um Colégio Eleitoral, o político mineiro Tancredo de Almeida Neves presidente do Brasil. Antes de tomar posse o presidente-eleito adoeceu e morreu quarenta dias depois da eleição. Com a vacância assumiu em definitivo o vice-presidente, José Sarney. Após a eleição do novo parlamento, em 1986, foi escrita uma nova Constituição Federal que, promulgada em 5 de outubro de 1988, previa no seu texto a realização de eleições diretas para a escolha do novo presidente com data marcada para 15 de novembro de 1989, exatamente cem anos após a proclamação da República brasileira.

Para as eleições de 1989 a união das oposições não se repetiu. O longo jejum eleitoral provocou, na maioria das lideranças políticas brasileiras, a avidez por concorrer ao cargo maior da Nação. A falta de consenso fez surgir 21 concorrentes à presidência. Entre estrelas de primeira grandeza, na qualidade de Ulysses Guimarães (PMDB); Mário Covas (PSDB); Aureliano Chaves (PFL); Leonel Brizola (PDT), dentre outros, figuravam também alguns “marronzinhos” e outros que, pelo seu radicalismo ideológico como: Lula (PT); Roberto Freire (PCB); Fernando Gabeira (PV) e Enéas (PRONA), não se apresentavam com chance alguma de vitória.

Em face da miscelânea de postulantes desprovidos de propostas que tivessem o condão de sensibilizar ou de atrair os eleitores, na esteira disso, surgiu a “zebra” das Alagoas, pintada de verde-amarelo, descendo o pau no presidente Sarney (PMDB), prometendo derrubar a hiperinflação de um Ippon (golpe de caratê) e com o sedutor discurso de “Caçador de Marajás”. Essa “zebra” tinha um nome: Fernando Affonso Collor de Mello. Isso mesmo, tudo dobrado que nem tapioca. Dobrou a todos e, no meio do processo eleitoral já se apresentava como favorito a lograr êxito nas urnas de 15 de novembro.

Não deu outra! Polarizando com outra “zebra”, com o nome de Luís Inácio da Silva, o Lula, que surgira das esquerdas respaldado pelos sindicatos e que teve o “mérito” de destronar aquele que oferecia maior perigo ao stablishment, chamado Leonel Brizola, os donos do capital, junto aos de pensamento conservador, optaram pelo menos ruim, pelo menos perigoso. Com isso, Fernando Collor angariou apoios vários que o levaram à principal cadeira do Planalto quando derrotou Lula no segundo turno daquelas eleições. Eleito, Collor instalou-se no governo acompanhado de uma turma, a maioria de seus componentes vindos de Alagoas seu Estado de origem e começou a governar num estilo ufanista, arrogante e por demais presunçoso. Inicialmente a população apostou no novo, porém, aos poucos foi ficando demonstrado o conto do vigário em que havia caído a maioria dos brasileiros.

No começo tudo era festa. Veio o chamado “Plano Collor” que, sob o pretexto de acabar com a inflação, confiscou as poupanças de forma indiscriminada; congelou salários e preços e não conseguiu explicar nada a ninguém. Enquanto o presidente Collor fazia cooper nas imediações da “Casa da Dinda” (casa que pertencera à sua avó e que adotou como residência oficial), a inflação - que fora abatida artificialmente - voltava a subir de forma mais agressiva ainda. Na esteira desse e de vários outros fracassos administrativos, o irmão do presidente, Pedro Collor de Mello, enciumado tanto por motivos negociais quanto amorosos, deu uma entrevista-bomba à revista Veja denunciando o tesoureiro da campanha eleitoral de Fernando Collor, Paulo César Farias (o “PC”), como sendo este o operador da corrupção iniciada no período da arrecadação de fundos para financiar a campanha eleitoral, o que grassou também quando instalado o novo governo no Palácio do Planalto. Criada uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Federal logo se constatou que as denúncias do irmão tinham fundamento e que existiam mesmo falcatruas no governo do “Caçador de Marajás”.

Instalado o processo de impeachment correu tudo dentro do que manda a lei e o presidente foi afastado pela Câmara Federal para ser julgado pelo Senado da República. Vendo que seria mesmo condenado e defenestrado do poder, Fernando Collor de Mello renunciou ao mandato de presidente da República, em 29 de dezembro de 1992. Foi esse o fim do governo saído das urnas da primeira eleição direta pós ditadura militar. De lá para cá têm acontecido coisas que, se comparadas com as que derrubaram Collor do trono do Planalto, constataremos que, aquelas, são “fichinhas” em relação às de hoje. Mesmo assim, aos trancos e barrancos no âmbito da política, o Brasil segue impávido.

 


Emenda destinada pelo senador Efraim beneficia Saúde na Paraíba

Ontem (25), o senador Efraim Filho (União Brasil), cumprindo compromisso firmado com a saúde pública e a educação médica, fez a entrega de simuladores de alta tecnologia para o Centro de Simulação Realística do Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa. Esses novos equipamentos foram adquiridos por meio de uma emenda parlamentar destinada pelo senador, no valor de R$ 704 mil, o que qualificará o atendimento de saúde em toda a rede assistencial do Estado. “Precisamos ter a tecnologia como grande aliada para melhorar o serviço público de saúde”, disse o senador Efraim Filho.



Papa Francisco é sepultado em Roma

Após três dias de visitação pública, em que o corpo do Papa Francisco foi reverenciado por mais de 200 mil pessoas na Basílica de São Pedro, no Vaticano, hoje, numa emocionante solenidade realizada na Praça de São Pedro, que reuniu mais de 500 mil pessoas e 56 chefes de Estado de todo o mundo, uma cerimônia grandiosa encomendou o corpo do Papa que será sepultado, na manhã deste sábado (26), na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

Dentre todos os funerais de um Sumo Pontífice, realizados nos tempos recentes, nenhum reuniu tanta emoção quanto o do papa Francisco. A humildade, o diálogo, a compreensão, que deram o tom do pontificado de Francisco, deram também um tom diferente à solenidade. Pode-se dizer que Francisco foi um dos Papas mais importantes da história da Igreja Católica.



sexta-feira, 25 de abril de 2025

Ex-prefeito de Sousa é o entrevistado do "Entreverso Política" do próximo sábado

 

Convidado pelo "Entreverso Política", o ex-prefeito da cidade de Sousa/PB e pré-candidato a deputado federal, Fábio Tyrone, será o entrevistado daquele programa no próximo sábado (26) a partir das 11 horas da manhã. Na ocasião, o entrevistado, que percorre o Estado em busca de apoios à sua intenção de conseguir uma cadeira na Câmara dos Deputados, discorrerá sobre sua carreira política como prefeito de uma das cidades mais importantes da Paraíba e falará também sobre seu projeto como futuro representante do povo paraibano na Câmara Federal.



Senador Efraim Filho faz aceno coletivo

 

"Tudo será posto à mesa. Nada será descartado". Com essas palavras, em entrevista concedida ontem (24) ao programa Arapuan Verdade, o senador Efraim Filho (União Brasil), deu o tom do que será sua posição em relação às composições com vistas às eleições do próximo ano. Na esteira do desconforto do governador joão Azevedo (PSB) com a campanha eleitoral antecipada do prefeito Cícero Lucena (PP), a oposição sinaliza com possibilidades outras.

Mesmo estando posto, seu nome, para concorrer ao cargo de governador, em 2026, Efraim, de forma estratégica, deixa as portas abertas para adentrarem os descontentes, aqueles que podem ser preteridos de última hora. Na verdade, a única certeza sobre 2026 é que de nada sabemos. Nem João sabe se fica ou se sai. Esperto e inspirado na ousadia de Efraim Filho em 2022, Cícero bota o pé na estrada e ocupa espaços visando construir seu nome para 2026.

Como em política não há espaço vazio, os comportamentos de uns forçam os outros a tomarem, também, iniciativas que não querem no momento ou, por outra, aqueles que optam por esperar, podem perder o trem e ficar a ver navios. Enquanto o governador não decide qual caminho tomar, Cícero, cumprindo a máxima de que "quem é coxo parte cedo" já montou no cavalo e Efraim, esperto, garante ração para os dois animais dando a entender que, no seu cocho, cabe todo mundo.



Quem será o novo papa?

 

Essa pergunta, feita em todo o Planeta, dá a impressão de que a eleição do novo chefe da Igreja Católica Apostólica Romana promoverá alguma mudança relevante no mundo. Todos sabem que não. No entanto, é um questionamento que interessa a todos pelo seu charme, pela ritualística do evento e, principalmente, pela história que encerra, O Papado é a única monarquia absoluta do mundo e a mais antiga. O papa é o único soberano do mundo que é eleito e que tem o cargo vitalício.

Em passado recente, durante a "Guerra Fria", numa reunião do Politburo Soviético (Comitê Executivo do partido comunista da antiga União Soviética), em que se discutia o anticomunismo da Igreja Católica, um dos conselheiros de Stálin, com ironia, questionou quanto à importância do papa, perguntando: "Quantas divisões blindadas ele tem?" . Ao que Stálin respondeu: "Nenhuma, mas é o líder de quase dois bilhões de pessoas no mundo todo".

O Vaticano é o menor país do mundo, porém, o que dali emana, na forma de encíclicas, bulas, etc., repercute no mundo todo; daí a importância do papado que, agora vacante, deverá promover, entre os dias 6 e 11 de maio, uma eleição através de um Condave ("com chave" porque os cardeais ficam completamente isolados até consumarem a eleição do papa), para eleger o sucessor de Francisco, falecido no último dia 21, numa eleição atípica em que não existem candidatos nem campanha eleitoral.

A escolha é feita através de votações sucessivas quando os cardeais sufragam os nomes de seus pares, de forma aleatória, até que um deles consiga amealhar os votos de dois terços dos 135 purpurados votantes. Nesse Conclave, são três os principais cardeais favoritos, chamados papabili: o italiano Pietro Parolin, o filipino Luis Antônio Tagle e o africano Peter Turkson, dentre outros menos cotados. No entanto, de acordo com a traição dos conclaves até hoje havidos, quem entra papa, sai cardeal. Desta vez, nenhum brasileiro consta da lista dos favoritos a serem eleitos para a cátedra de São Pedro.

Mesmo assim, surpresas podem acontecer. Segundo o Direito Canônico qualquer pessoa, desde que batizada na Igreja Católica, é uma potencial candidata ao papado o que nada surpreende uma eleição inusitada. Desta feita, serão 135 cardeais votantes oriundos de 71 países diferentes e, o Brasil, é o terceiro maior colégio eleitoral, com 7 cardeais aptos a votar. De qualquer forma, seja qual for o resultado, o Brasil já tem seu lugar de destaque na Igreja de Roma, pois, segundo o saudoso papa Francisco, Deus é brasileiro.



FRASES FAMOSAS

 

*O único momento em que é licite olhar uma pessoa de cima para baixo: quando queremos ajudá-la a levantar-se".

PAPA FRANCISCO

"Se formes pertaderes de gratidão, o mundo também se tornará melhor".

PAPA FRANCISCO

"A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo".

PAPA FRANCISCO

"É mais perigosa do que um câncer a doença do desinteresse nos jovens".

PAPA FRANCISCO

"Você só é livre se estiver em harmonia consigo mesmo".

PAPA FRANCISCO



quinta-feira, 24 de abril de 2025

Senador Efraim participa de evento sobre auditoria de gastos públicos

 

O senador Efraim Filho, líder do União Brasil no Senado e presidente da Comissão Mista de Orçamento - CMO participou, nesta quarta-feira (23), de um evento realizado no Tribunal de Contas da União - TCU: "Painel de Referência da Auditoria Operacional que analisa os mecanismos de despesas públicas e financiamento por recursos extraorçamentários". Na ocasião, Efraim destacou a importância estratégica do encontro o que, para ele, vem fortalecer a integração entre o Poder Legislativo e os órgãos de controle federal: "Estamos no coração pulsante de uma instituição que é pilar na defesa dos recursos públicos da nossa Nação. A falta de transparência é um veneno que corrói a credibilidade das nossas instituições", enfatizou o senador.



Piancó terá Centro Regional de Hemodiálise

Já está em fase de conclusão a instalação do Centro Regional de Hemodiálise da cidade de Piancó/PB. Essa é uma reivindicação do prefeito daquela cidade, mas também uma consequência pelo fato de a cidade abrigar um Hospital Regional administrado pelo governo do Estado. De acordo com a programação da Secretaria Estadual de Saúde, todos os Hospitais Regionais terão UTI, Hemonúcleo e Centro de Hemodiálise.

Essa é uma notícia alvissareira para todos os moradores do chamado Vale do Piancó. Porém, para nós, residentes na região da Serra do Teixeira, polarizada pela cidade de Princesa, é algo que nos deixa tristes. Desde a municipalização do Hospital Regional de Princesa, nós perdemos o Hemonúcleo e deixamos de ter uma UTI e também um Centro de Hemodiálise, tudo isso creditado na conta da insensibilidade do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento.

Piancó é uma cidade com 17.000 habitantes e é beneficiada com serviço de excelência na Saúde, enquanto Princesa, com 23.000 moradores e que polariza uma região com quase 100.000 habitantes é penalizada com uma Saúde de terceira qualidade, simplesmente porque o prefeito Nascimento, no afã de fazer do Hospital Regional um cabide de empregos, municipalizou aquele nosocômio e, com isso, nenhum benefício do governo estadual é canalizado para cá.

Em face disso, urge que sejam tomadas providências para que Princesa volte a ser protagonista das ações do governo do Estado em nossa região, que as autoridades se façam independentes dos caprichos do prefeito Nascimento e reajam! Que os vereadores convoquem uma Audiência Pública para tratar da situação da Saúde; que seja feito um documento abaixo-assinado para que o Hospital volte a ser administrado pelo Estado; que seja feito algo em prol da população. É esse o papel dos que foram eleitos para cuidar dos interesses da população.



quarta-feira, 23 de abril de 2025

A sucessão da Paraíba

É voz corrente nos meios jornalísticos da Paraíba que o candidato apoiado pelo governador João Azevedo (PSB), ao governo do Estado, nas eleições do próximo ano, deverá ser o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) ou o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP). A unção governamental estariam pairando sobre esses dois nomes. Porém, o que se lê nas entrelinhas da política paraibana é, claramente, que o ungido deverá ser Cícero.

As especulações dão conta de que, se João sair do governo para disputar uma cadeira no Senado Federal, será Lucas o candidato e, se João ficar no cargo até o final do mandato, Cícero será o escolhido para disputar a principal cadeira do Palácio da Redenção. No entanto, o périplo que já vem sendo realizado pelo prefeito da Capital, quando visita várias cidades do interior, dá conta de que será ele o candidato. Há quem diga que jamais Cícero tomaria essa iniciativa se não tivesse a anuência e o incentivo do governador.

Em sendo assim – me revelou uma fonte -, Cícero seria o cabeça da chapa; Lucas concorreria novamente à vice-governadoria; Daniella Ribeiro (PP) comporia uma das vagas para o Senado e, Polyana Dutra (PT), a outra vaga para a Câmara Alta. Nesse caso, Veneziano (MDB) estaria fora e, Adriano Galdino (Republicanos), se conformaria com o prêmio de consolação tendo a filha como conselheira do Tribunal de Contas do Estado. Em face disso, falta apenas combinar com o povo.



terça-feira, 22 de abril de 2025

A Cacimba de João Neco

 

Ontem (21) tive a grata satisfação de visitar a bela cidade pernambucana de Triunfo. Em que pese já estar beirando os 70, nunca havia tido a iniciativa de conhecer os pontos turísticos naturais daquele município. Não tinha interesse porque achava que tudo era uma mesmice. Me surpreendi com dois deles: o "Pico do Papagaio" e, principalmente, com a "Cacimba de João Neco", tudo isso, na Serra da Baixa Verde para onde fui acompanhado de irmãos, filhos, sobrinho e neto.

Me impressionou, sobremaneira, a "Cacimba de João Neco", uma obra de engenharia construída em 1932 para suprir de água os moradores dali por ocasião da grande seca ocorrida naquele ano. A cacimba tem mais de 20 metros de profundidade, mas não é isso que chama a atenção. O que causa espécie é um túnel adjacente, escavado na rocha, que dá acesso à água. À medida que adentramos à galeria subterrânea sentimos diminuir, consideravelmente, a temperatura como se estivéssemos num ambiente com ar condicionado.

Construído por um agricultor chamado João Neco (já falecido), a Cacimba e o túnel são administrados por seu filho chamado Lourivaldo e que podem ser visitados mediante o pagamento de uma taxa de R$ 5,00. O túnel, construído para se ter acesso à água quando está muito profunda, é um primor de beleza natural. Escavado na rocha, tem na sua entrada um arco similar aos construídos pelos romanos antigos, uma verdadeira obra de engenharia que vale a pena conhecer.



Descobrimento do Brasil

 

Hoje completam-se 525 anos do descobrimento do Brasil. Nesta data, Pedro Álvares Cabral aportava na costa brasileira, mais exatamente em Porto Seguro, na Bahia. Era o Descobrimento do Brasil que, em Portugal, eles chamam de "Achamento". Descoberto ou achado o certo é que, esta data, vem sendo esquecida ao longo do tempo. Poucos lembram, nos dias de hoje, sobre a importância dessa efeméride. Antigamente, era feriado nacional e, nas escolas, aprendíamos muito sobre isso.

Ninguém lembra mais dos nomes das Caravelas ("Santa Maria", "Pinta" e "Nina") que trouxeram Pedro Álvares Cabral para o Brasil, o que aconteceu por acaso, pois, rumavam para as índias em busca de especiarias. Quando crianças, nós, da minha geração, sabíamos desses nomes décor. Hoje, as crianças sequer entendem do que se trata essa importante expedição. Com certeza, muitos se surpreenderão com esta matéria porque sequer se lembram da importância desta data. Saber da nossa História é conhecer a nossa identidade.



Francisco: O papa do diálogo e da humildade

 

Quase nada no mundo tem maior repercussão do que a morte de um Papa. Líder da Igreja Católica Apostólica Romana, o Sumo Pontífice da Igreja Católica é uma personalidade de suma importância em quase todos os países do mundo. A morte do papa Francisco prova isso. Desde ontem, os noticiários televisivos se põem exclusivos em função de seu falecimento. Após 12 anos de pontificado (2013/2025) e de mais de dois meses de sofrimento com uma doença pulmonar grave, Francisco pereceu na manhã de ontem, o que comoveu o mundo.

Francisco assumiu o trono de São Pedro em meio a uma grave crise de credibilidade da igreja de Roma. Depois da surpreendente renúncia do papa Bento XVI, o cardeal arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa e teve como desafio botar ordem na casa. Em face das falcatruas financeiras promovidas pelo Banco do Vaticano e dos escândalos de pedofilia envolvendo padres e prelados ao redor do mundo, Francisco chamou o feito à ordem e moralizou, o quanto pôde, a Igreja que congrega mais de 1,5 bilhões de fiéis.

Não bastasse isso, o pontificado de Francisco foi marcado pela humildade e pela capacidade de dialogar com todos os segmentos, um papa que, ao invés de julgar, acolhia. Perguntado sobre o papel dos gays na Igreja, Francisco respondeu: "Quem sou eu para julgá-los?" Foi empático com os fiéis católicos e também com os não crentes. Foi de encontro aos negacionistas e aos poderosos quando defendeu o meio ambiente e repudiou as guerras. Um papa revolucionário que humanizou a fé através de uma verdadeira humildade. O mundo está de luto.



segunda-feira, 21 de abril de 2025

O Papa morreu

 

Após 12 anos de pontificado o papa Francisco faleceu nesta madrugada, às 02h30. Até o último momento, Francisco esteve com o povo. Ontem mesmo, o papa concedeu uma benção aos fiéis católicos na Praça de São Pedro. Morreu em paz o primeiro pontífice latino-americano e o primeiro jesuíta a tornar-se papa. Jorge Mario Bergoglio era o nome civil desse argentino de 88 anos de idade e que havia passado por sérios problemas de saúde nos últimos dias. Morreu Francisco e, nos próximos dias, depois das exéquias, haverá um conclave para a eleição do próximo Sumo Pontífice da Igreja Católica.



quinta-feira, 17 de abril de 2025

A Semana Santa de antigamente

 

Desde criança convivi com as coisas da Igreja. Filho de mãe catolicíssima, barata de igreja mesmo, frequentava, diária e obrigatoriamente, todas as solenidades da Igreja: da missa matinal à bênção do Santíssimo Sacramento, à noite. Acho que, por isso, sempre fui fascinado pela ritualística das solenidades da Igreja Católica. Na Semana Santa, então, fazia morada na chamada "Casa de Deus". Do "Lava-pés" à vigília na quinta-feira, passando pela celebração da Paixão, pelo beijamento da cruz, e pela procissão do "Senhor Morto" na sexta-feira, até a Aleluia no sábado, de tudo participava ativamente e em perfeita contrição de fé.

A Sexta-feira Santa era o ápice das celebrações religiosas da Igreja de Roma. O dia era cheio. Mas, tudo começava na tarde da quinta-feira, passando por toda a madrugada quando acontecia a adoração do "Santíssimo Sacramento" o que simbolizava a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras. À tarde, a partir das três horas, acontecia a celebração da Paixão com uma missa concelebrada por vários padres, cantada em latim e cheia de simbolismos, a exemplo da queda dos padres quando se deitavam ao chão rememorando o momento da execução do Cristo.

Lembro-me bem da Via Sacra, na sexta-feira, cantada por Odívia Maximiano, dona Nina, Antônia Gastão, Doralice Marrocos e outras cantoras da Igreja acompanhadas pela serafina executada por dona Irene Sérgio. Rezavam as quatorze estações e, depois desse ritual, o padre expunha o "Santo Lenho" para o beijo comunitário (prática por demais anti-higiênica, hoje abolida). Antes das solenidades da Paixão, filas infindas se faziam diante dos confessionários quando os fiéis católicos se desfaziam dos pecados para, contritos, receberem o corpo de Cristo e, depois da Paixão, cometerem os mesmos pecados.

Até pouco tempo atrás, a Sexta-feira Santa era o dia mais santificado da comunidade cristã. Simplificado e pouco difundido, hoje, foi banalizado e perdeu a magia que havia em torno das celebrações religiosas desse emblemático dia. Não há mais matraca nem procissão das tochas. Tampouco o cortejo fúnebre do Senhor Morto tem mais a importância e o "mistério" que tinha, quando os fiéis acompanhavam a procissão no afã de conseguir um galho de mato ou uma flor que ornamentava o esquife Divino para transformá-los em chá, panaceia para todos os males.

Os tempos são outros e, o culto as tradições, se restringe agora a um público mais conservador e idoso que não conseguiu se desvencilhar dessa liturgia que embevecia a todos. A Semana Santa, hoje, significa apenas um feriado prolongado que permite à maioria das pessoas se desobrigarem de seus afazeres para descansarem e se empanturrarem de iguarias nobres sem estarem nem aí para os simbolismos da religião que cultivaram um dia. No meu caso, mesmo sem muita crença, continuo fascinado pela ritualística da Semana Santa. Aleluia!



quarta-feira, 16 de abril de 2025

A Feira da Semana Santa

 

A "Feira da Semana Santa" ocorre em Princesa há mais de 100 anos e é evento único em toda a região. Essa Feira que ocorre anualmente e começa já na manhã da terça-feira da chamada "Semana Santa", funciona por todo o dia, adentrando à noite até a tarde da quarta-feira. É uma tradição exclusiva de Princesa e que vem sendo mantida ao longo dos anos. O propósito é o de vender itens que componham as ceias dos dias sagrados (quinta e sexta-feira) no entanto, se negocia de tudo, desde frutas, verduras, legumes, etc., até roupas e brinquedos. 

Tradição também é o famoso divertimento do "roubo das jacas" . Essa prática é comum na noite da terça-feira quando meninos e rapazes se divertem roubando jacas, algo parecido com a malhação do Judas, o que é praticado também como uma tradição. A Feira da Semana Santa é também a maior que acontece na cidade e, lamentavelmente, os preços também são majorados em relação aos tempos normais. Mesmo assim, vale a pena pela tradição que encerra.