ODE

quarta-feira, 17 de julho de 2019

RESGATE FOLCLÓRICO E CULTURAL





O “BLOCO DOS ARAPAPACAS”, criado em 1923 pelo princesense Orlando Melo, auxiliado pelos folcloristas Joaquim Gomes, Luiz Felizardo, Abdias Felizardo, Antônio Felizardo, dentre outros moradores do Bairro do “Cancão”, foi inspirado no antigo bloco carnavalesco “Os Lenhadores”. Este era uma composição de foliões que assim se intitulavam por serem, em sua maioria, agricultores. Porém, com a desarticulação e o fim do antigo bloco, o que restou de seus membros resolveu criar um novo que, formado pelos moradores do Bairro do “Cancão”, principalmente por membros da família dos “Calú” – que segundo algumas informações, por serem muito falantes e lembrarem, por isso, aquelas aves zoadentas, deram o nome ao novo bloco: “Arapapacas” -, passou a ser considerado um bloco exclusivo daqueles que habitavam aquele Bairro. Até o passo que executavam nos desfiles era uma criação exclusiva deles. Possuíam uma bela bandeira – bordada em alto relevo onde figurava uma fogueira e uma machadinha -, que, nos dias de Carnaval, por ocasião de suas apresentações vespertinas, tremulava nas mãos de uma porta-bandeira. As estilistas responsáveis pela feitura das fantasias dos componentes do “Arapapacas” eram também moradoras do Bairro do “Cancão”: Anunciada Brás e Alice Isidoro. Lamentavelmente o bloco dos “Arapapacas” fez a sua última apresentação, em 2007, sob a coordenação do folião José Aniceto Ferreira, mais conhecido por “Zé de Ana”. Sem motivos que os saibamos deixou aquela expressão cultural de tanta tradição, de se apresentar para alegrar a festa de “Momo” da nossa Princesa. (Esse escrito só foi possível pela contribuição da professora dona “Luizinha de Fila”)


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 17 DE JULHO DE 2019).

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