ODE

terça-feira, 3 de setembro de 2019

NEM AS EVIDÊNCIAS CONVENCEM BOLSONARO



      
Pesquisas realizadas pelo instituto ”Datafolha”, nos últimos dias 29 e 30 de agosto dão conta de que o presidente da República vem caindo na preferência e na aprovação popular. Sobre o governo comandado por Bolsonaro, 38% das pessoas pesquisadas disseram ser ruim ou péssimo; 28% avaliaram como ótimo ou bom e 30% dos entrevistados afirmaram ser regular. Confirmando a tendência da pesquisa anterior, realizada em julho último, isso denota uma constante queda da popularidade do presidente, acrescida de uma agravante, pois, nenhum dos presidentes imediatamente anteriores ao atual, a exemplo de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma, teve avaliação tão baixa no mesmo período de governo.

Arrogante persistência no erro

     Perguntado qual avaliação fazia sobre o resultado da pesquisa, o presidente Bolsonaro respondeu que o instituto “Datafolha” não merece credibilidade. Ora, quando você minimiza seus erros ou os esconde debaixo do tapete, está fadado a permanecer em seus cometimentos. A avaliação constatada na pesquisa recomenda que o presidente mude seu comportamento, pare de conversar besteiras e de criar problemas que só atrapalham o bom desempenho de seu mandato presidencial. Mas, não. O que vemos no Brasil dos tempos recentes, são comportamentos governamentais que não se coadunam com a liturgia do cargo, nem com os interesses do povo, tampouco com a democracia. O presidente diz que está tudo errado e põe a culpa nos governos que o antecederam. Briga com tudo e com todos; descredencia auxiliares graduados publicamente; usa termos chulos; faz brincadeiras jocosas com autoridades internacionais, enfim, promove constantes demonstrações de que não está preparado para o exercício do cargo de presidente.

Democracia

     Estados Democráticos de Direito não permitem o aparelhamento da máquina estatal para servir a quaisquer ideologias. O que vimos com o PT foi o arrogante preparo conveniente do Estado para que os donos daquele partido permanecessem indefinidamente no poder. Agora, o que vemos, é um presidente despreparado e, igualmente arrogante, desmontando a máquina organizada pela esquerda petista e tentando montar a sua própria com base nos ditames da extrema direita. Os do PT louvavam Fidel Castro; Che Guevara; Hugo Chávez, dentre outros ícones da esquerda decadente. Esse de agora, faz descarada apologia dos ditadores militares de 1964 com especial destaque para o general torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Prazo de validade

     O problema é que eles se esquecem de que estão ali conduzidos por uma eleição popular para servirem como remédio para os males do País. Mas se esquecem também de que são iguais aos remédios, pois, os mandatos deles também têm prazo de validade. O PT caiu e, esse que está aí - com menos de um ano de mandato -, já está sendo mal avaliado por aqueles que recentemente o conduziram ao pódio. Fica claro, portanto, que nas próximas eleições, o povo pode criar juízo e tomar o rumo de eleger um presidente com os pés no chão, desprovido de arrogância, com preparo intelectual e emocional para exercer o cargo máximo da Nação e, aí, será tudo desmontado de novo para que seja instalada a normalidade democrática sem ódios, sem ranços, sem vieses ideológicos, mas, com compromissos responsáveis com os destinos do Brasil. Por enquanto, como estamos no mato sem cachorro, é o jeito caçar com gato.

(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 03 de setembro de 2019).
                                                
                                                                                                                           
                                                                                                                   


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