É pergunta que não quer calar: o que acontecerá na Câmara
Municipal de Princesa, hoje, a partir das dez horas da manhã? Tá todo mundo em
compasso de espera. O que se promete, de acordo com a pauta da Sessão Ordinária
desta quarta-feira é tumulto ainda maior do que o que houve na semana passada.
E por que isso? O problema é que o senhor prefeito, Ricardo Pereira do
Nascimento, decidiu usar o poder que exerce sobre o “marido da câmara” e este,
o dele sobre a presidente que é sua esposa, para abrir um processo
administrativo com o fito de promover a cassação dos mandatos dos vereadores
Alan Moura e Erivonaldo Freire. Motivo? Exacerbada oposição exercida pelo
segundo e ameaça eleitoral oferecida pelo primeiro. Nascimento não suporta mais
a ferrenha oposição de Ery quando, sem medo, descobre e denuncia seus podres;
tampouco a crescente popularidade do doutor Alan Moura, que ameaça destroná-lo
do poder municipal.
Impedido de concorrer
Na qualidade de
condenado pela Justiça em segunda instância por fraude em licitação e, às
voltas com as graves denúncias de improbidade administrativa oferecidas pelo
Ministério Público Estadual, o prefeito perdeu o controle nervoso e emocional e
está apelando para ações nada republicanas, pois, ao invés de submeter-se à
disputa nas urnas do ano que vem (através de um candidato por ele indicado, já
que o mesmo não poderá concorrer porque é “ficha suja”), prefere tentar
resolver a questão agora, já, através do “tapetão”. O problema é que para isso,
Nascimento, temerariamente está envolvendo o povo num enfrentamento perigoso e
nunca visto em Princesa. Tudo isso pode não acabar bem e a culpa deverá ser
debitada na conta do prefeito e de seu lugar tenente: o “marido da câmara”. Quando
a cabeça não pensa, o corpo padece. O espelho em que nos olhamos hoje em
Princesa nos devolve uma imagem de irresponsabilidade administrativa e de
desordenamento moral. Quem viver verá!
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 30 de outubro de 2019).
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