NO SANGRADOURO DO “AÇUDE VELHO”
O inverno (período chuvoso) de 1960 foi um dos maiores na
história de Princesa. Todos os açudes “sangraram” e, como era praxe naquele
tempo, muitos acorriam aos sangradouros para tomar banho ou, no mínimo, admirar
a beleza rara de tanta água jorrando. Para não fugir à regra, os meninos
retratados na fotografia acima, foram olhar o sangradouro do açude Ibiapina
também chamado de “Velho”. Proibidos pelos pais de tomarem banho, ficaram
somente com os pés dentro d’água para serem registrados pela máquina
fotográfica de Tozinho (Expedito Leandro).
Identificação dos retratados
A pose de cada um deles, já mais ou menos os identifica como
e quem seriam no futuro. Identificamos os garotos, da esquerda para a direita:
Pedro de Waldemar Abrantes; Maria Amélia (Melinha) e Isabel Cristina de
Mirabeau Lacerda; não identificado; Dinalvo de Antônio Carlos; Tito Lívio de
Tozinho; Eduardo de Waldemar; não identificado; Marcos de Tozinho e Ivo de
Lindolfo. Observem que essa fotografia tem algo de emblemático: Dinalvo Carlos
já apresentava postura de empresário (com um chaveiro dependurado à cinta)
rodeado de amigos e parentes com nomes nobres: Pedro, nome de dois imperadores
do Brasil; Maria Amélia ostentando o nome da segunda esposa de D. Pedro I;
Isabel Cristina homônima da primeira filha de D. Pedro II; Tito Lívio, xará do
tribuno e político da Roma Antiga; Eduardo, nome similar ao de vários reis da
Europa; Marco Aurélio com nome igual ao do grande guerreiro romano e Ivo com nome
comum da nobreza russa. Os dois não identificados deveriam ser os gladiadores.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 31 de outubro de 2019).
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