Após 136 anos de existência da Câmara Municipal de Princesa,
deparamo-nos, agora, com uma situação por demais inusitada. Atendendo a
orientação de um ex-vereador raivoso, arrogante e despreparado que, na
qualidade de esposo da atual presidente daquela Casa de Leis é quem dá as
cartas no tabuleiro do Poder Legislativo princesense, a chamada “Casa de
Adriano Feitosa” que nestes tempos mais parece a “casa de givaldo morais”, está
promovendo um processo administrativo para cassar os mandatos dos vereadores
José Alan de Sousa Moura e Erivonaldo Benedito Freire. Esse processo tem azo na
orientação do senhor prefeito do município, Ricardo Pereira do Nascimento, que
quer a todo custo, impedir a pré-candidatura do vereador Alan Moura a prefeito
e, ao mesmo tempo, calar a boca do vereador Ery, o mais atuante dessa
legislatura.
Coisa nunca vista
Mesmo em tempos memoriais, quando este que escreve era
vereador à Câmara Municipal de Princesa, em que as discussões eram por demais
acirradas, somado à atípica situação em que apenas o vereador Antônio Rialtoan
Araújo fazia oposição à administração do então prefeito, José Sidney Oliveira,
nunca sequer foi cogitada a intenção de cassar esse vereador. O que ora
acontece, causa estranheza, principalmente pelos motivos alegados para a
efetivação da cassação dos dois vereadores da oposição: o primeiro pelo fato de
trabalhar demais e, o segundo, pelo motivo de denunciar demais o atual
prefeito. A futilidade dos motivos das cassações se assemelha à futilidade do
ex-vereador e “primeiro ‘damo’” da Câmara quando levianamente se compraz em
perseguir seus adversários usando o incitamento de seu chefe Nascimento e o
poder que emana da sua condição de “marido da Câmara”.
Efeito reverso
Ainda bem que a população de Princesa está fazendo uma
leitura correta do comportamento desses agentes políticos que desmandam os
destinos do município. A repercussão quanto à tentativa de cassação, já se
apresenta negativa para os que estão promovendo usurpação dos mandatos dos dois
vereadores delegados do povo e eleitos democraticamente. Além do golpe que o
“marido da Câmara” quer aplicar aos vereadores Alan e Ery, este último vê-se
muito mais prejudicado com essa perseguição, uma vez se encontrar às voltas com
grave doença de sua esposa e, agora, fustigado pelo ex-vereador, Givaldo Morais
e o atual secretário de finanças, Fábio Brás, que querem tirar-lhe o mandato
nesse crucial momento de vulnerabilidade financeira e de saúde na família. A
sessão para a formalização do processo de cassação está marcada para hoje.
Resta saber se os demais vereadores se submeterão aos ditames do alcaide
Nascimento - através das ordens do “dublê de presidente” e se acatarão esse
absurdo que, consumado, se constituirá no maior vexame da história do Poder
Legislativo Municipal princesense em quase um século e meio de existência.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 24 de outubro de 2019).
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