Após noventa e três dias sem cair uma gota d´água sequer,
ontem o céu abriu as comportas e despejou sobre Princesa uma pródiga quantidade
do líquido precioso. Aqui onde moro (Sítio Cedro), a precipitação pluviométrica
mediu generosos 61 milímetros. Tive notícia de que, na cidade, passou dos 100. Tá
tudo encharcado; cisterna cheia; as fruteiras eriçadas; os cajueiros amarelos
de frutos que de repente amadureceram; os pássaros em sinfonias infindas. Tudo
alegre, a natureza em festa, todos agradecendo a dádiva caída. Só tem uma coisa
que me deixa triste, é constatar que passo todo o período da seca comprando
água para sustentar as plantas em aguamento, dando água e comida aos
passarinhos e nenhum deles: plantas ou pássaros fazem o que estão fazendo hoje.
Acho que eles preferem mesmo agradecer é ao dono do açude e não aos
carros-pipa. De minha parte, eu também agradeço, pois, desde que aqui moro (há
cinco anos), nunca caiu uma chuva dessa magnitude. Que venha mais e, juntos, os
passarinhos, as plantas e eu, continuaremos agradecendo.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 26 de novembro de 2019).
Olá, sr. Domingos!
ResponderExcluirMuito obrigado pelos artigos tão bem escritos. Eu pesquiso sobre a família Florentino de Princesa Isabel. Depois de ler o seu artigo, fiquei pensando se o primeiro representante dessa família no Brasil não foi o pai ou avô de Marçal Florentino Diniz, já que, segundo disseste, vieram de Portugal, correto? Você acha essa hipótese plausível? Sabe onde eu poderia encontrar mais informações sobre a família Florentino de Princesa?
Muitíssimo obrigado!