Nunca se viu falar tanto em AI-5 quanto nesse governo
Bolsonaro. Como se não bastassem os filhos do presidente, vem agora o ministro
da Economia, Paulo Guedes, dizer que, se o povo for às ruas, ninguém se admire
se sugerirem a instituição de um novo AI-5. Onde nós estamos? Desde o retorno
do Estado Democrático de Direito, jamais ninguém ouviu falar nisso. Somente
agora ressuscitam esse excremento que um dia foi institucional. Volta e meia os
chamados “bolsonaristas” invocam esse instrumento de exceção para justificar
suas incapacidades de conviver num ambiente de liberdades. De sorte que temos à
frente dos dois outros poderes da República, homens lúcidos, competentes e
comprometidos com a democracia, que estão a impedir a proliferação dessas
ideias “jericais”, próprias daqueles que em seu despreparo intelectual apelam
para instrumentos fracassados que contribuíram para o estado de coisas que
vivemos agora. É nisso que dá a assunção - mesmo que de forma democrática -, de
um membro do baixo clero, despreparado para o comando da Nação. Ainda bem que
Rodrigo Maia; Davi Alcolumbre e Antônio Dias Toffoli se fazem hoje brigadistas
pela Democracia, quando, em outras palavras, parafraseiam o brigadeiro Eduardo
Gomes que dizia: “O preço da liberdade é
a eterna vigilância”. O pior é o acinte, pois, o ministro Guedes, a exemplo
dos filhos do “marido da nação”, ao invés de se desculpar pela incontinência
verbal, fez discurso irônico “zonando” com a cara dos jornalistas e,
consequentemente com a de todos nós. Ao invés de AI-5, Aí dentro!
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 27 de novembro de 2019).
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