Ontem, 08 de novembro de 2019, após 580 dias de reclusão, o
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi libertado de seu cativeiro
atendendo a uma determinação do STF - Supremo Tribunal Federal que, após
revisão de jurisprudência que determinava a prisão de condenados por sentença
em 2ª instância, anulou esse entendimento, voltando a reger-se pelo princípio
constitucional que só permite prisões de réus condenados após o esgotamento de
todos os recursos possíveis, ou seja: depois de transitado em julgado.
Condenação
Lula foi preso em abril de 2018 após ser condenado em 1º e 2º
graus por crime de corrupção. Esse fato vem causando polêmicas desde o início
de seu desenrolar, tanto nos meios jurídicos como no âmbito político e,
principalmente na esfera popular. O que questionamos nesse caso são vários
aspectos que se apresentam por demais estranhos. Senão, vejamos: Lula foi
investigado, condenado e preso numa celeridade nunca vista na Justiça
brasileira. O processo, eivado de defeitos (o que é do conhecimento de todos) contido
até de cerceamento de defesa causou revolta a grande parte da população. O que
se viu naquele processo, de forma desanuviada, foi a premente “necessidade” do stablishment em condenar Lula para que
este não pudesse concorrer às eleições presidenciais de 2018. Ou seja,
“democraticamente” impediram que um cidadão fosse submetido às urnas pelo
simples fato de que, se o fizesse, receberia sufrágios suficientes para ganhar
a eleição e isso, ameaçava os interesses inconfessáveis de muitos que pairam na
esfera superior do poder estabelecido.
Os crimes de antanho
Não se questiona aqui se Lula cometeu algum ilícito quando no
exercício da presidência da República. Pergunta-se, por que somente Lula
condenado e preso? Para melhor entendimento, façamos uma retrospectiva sobre as
fichas dos governantes brasileiros mais recentes. José Sarney, em que pese um
democrata, fez do Brasil uma extensão do seu Maranhão, implantando aqui a
corrupção praticada lá e, perto de completar 90 anos, nunca tirou um dia sequer
de cadeia; Fernando Collor de Mello, cassado por corrupção, segue impávido,
livre, até hoje, reincidindo na prática de outras falcatruas; FHC, que pousa de
vestal, foi alvo de denúncias pela compra de votos de deputados para conseguir
aprovar a Emenda Constitucional que permitiria sua recondução ao cargo por mais
um mandato e, já também na casa dos oitenta anos, vive livre e solto; Dilma
Rousseff, cujo maior crime cometido foi a incompetência administrativa que
jogou todo um projeto de governo no lixo, foi cassada e nem por isso ficou inelegível;
por fim, Michel Temer que dispensa comentários e foi preso duas vezes, mas,
como não oferece perigo algum, a prisão teve o caráter apenas de
desmoralizá-lo, pois, foi solto rapidinho.
Os crimes de hoje
Agora, temos um presidente da República, oriundo do baixo
clero parlamentar, que se elegeu como primeiro mandatário somente porque
representava a antítese dos que a mídia e os poderes da República faziam
questão de defenestrar. Com muita sorte e uma peixeirada providencial, Jair
Bolsonaro ganhou a eleição. Porém, sua ficha também não é das melhores: genro
de uma traficante, pai de um filho meliante e descuidado quando permitiu que a
atual primeira dama pedisse R$=40.000,00 (QUARENTA MIL REAIS) emprestados ao
operador das estripulias do filho na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro,
posa hoje de paladino da moralidade.
Lula Livre!
Não quero aqui desenterrar defuntos quando lembro a máxima atribuída
ao ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, quando diziam: “rouba, mas
faz”. Nada disso. O que espanta é que todos apontam hoje, com os dedos sujos,
somente para a cabeça de Lula. O
problema é que Lula fez um governo voltado para os interesses dos mais necessitados
e, para viabilizar sua administração, teve que conceder pérolas aos porcos. Foi
sempre refém do grande capital que engolia atravessado um operário sentado na
principal cadeira do Planalto. E, para manter-se ali tinha sim que distribuir
benesses. Lula foi útil enquanto detinha o poder. Saído deste, desamparado, foi
fuzilado por denúncias orquestradas para desconstrui-lo. Como sabiam que não
poderiam retirá-lo de lá pelas vias democráticas (o voto), usaram do arbítrio
para destroná-lo. Mas, como a fila anda, agora com a fera solta, o jogo pode
estar zerado e, quem viver verá. LULA LIVRE!
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 08 de novembro de 2019).
Discordo disso tudo aí, então não diga que o atual prefeito, já digo que não voto nele, mais não diga então que o prefeito deveria tá preso, qdo um dia vc disse que ele cometeu o mesmo ilícito de luladrao, o q é isso dois pesos duas medidas, não entendi, deve ser preso todos que for julgado e condenado em 2 estância.
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