CARLOS EUGÊNIO
CARLOS EUGÊNIO LIMA
FLORENTINO nasceu em
09 de setembro de 1964, no sítio “Saco dos Louros” do município de Princesa.
Filho de Paulo Florentino de Souza e de dona Maria Tereza Lima Florentino é
casado com dona Rosilene Gomes de Lima, com quem tem os filhos: Samuel; Vitória
Eugênia e Estéfane. De um relacionamento anterior, tem uma filha chamada
Beatriz. Morou no sítio em que nasceu
até seus 11 anos de idade. Mudou-se para o povoado de Lagoa da Cruz onde viveu
com seus pais por seis anos, mudando-se depois para a cidade de Princesa onde residiu
por cinco anos. Ainda jovem, foi morar em São Paulo onde viveu por quinze anos,
retornando a Princesa, onde mora até hoje. Estudou até a 8ª série na escola
“Tomé Francisco”, porém, não concluindo o ensino fundamental, o fez em São
Paulo através de curso supletivo. Desde cedo, teve muita dificuldade para
estudar. Quando adolescente, ganhou de presente de um tio um relógio, que
vendeu para comprar um jumento (cego de um olho), para conduzi-lo, diariamente
à escola. Mesmo assim, sempre foi considerado um bom aluno e com bom desempenho
na sala de aula. Porém, sua tendência mesmo era para as artes plásticas.
O artista
Ainda criança, aos seis anos de idade, Carlos Eugênio
descobriu que sabia desenhar e vivia a rabiscar no chão com o dedo. Na escola,
observou que somente ele tinha aquela habilidade. Certo dia, na escola “Tomé
Francisco”, a professora Valdeci Laje, pediu aos alunos para que desenhassem,
na lousa, alguns animais que eram objeto de estudo naquele dia. Cada aluno
desenhou à sua maneira. Quando chegou a vez de Carlos Eugênio, este desenhou o
perfil de uma vaca e, ao terminar o desenho, a obra estava tão perfeita que
todos os alunos daquela sala se puseram de pé e o aplaudiram. Foi esse o
primeiro e único reconhecimento público que teve quanto à sua performance
artística. Tímido, achava que desenhar era coisa de mulher. Chegado a São
Paulo, viu que nas praças daquela grande cidade, a maioria dos artistas que
faziam retratos das pessoas era do sexo masculino. Livre desse preconceito por
ele mesmo criado, passou então a sentir-se mais à vontade. Somente depois dos
18 anos começou a desenhar, pintar e esculpir em madeira, de forma mais
frequente. Em São Paulo começou a trabalhar fazendo cartazes de preços para
supermercados. Porém, com o advento do “Plano Collor”, que provocou o
surgimento de grande massa de desempregados nesse setor, deixou de trabalhar
nessa atividade que tinha a ver com sua tendência artística e passou a
trabalhar como vigilante, o que fez durante sete anos.
O agnóstico
Nascido na religião Católica, já adulto resolveu converter-se
ao rito cristão orientado pelos evangélicos. Nessa religião, postulou por
longos 15 anos. Com o tempo começou a questionar os preconceituosos valores
cultuados pela religião protestante que censuravam ou proibiam, de forma
rigorosa, alguns comportamentos o que, para um artista como ele, tornava,
muitas vezes impeditiva até a sua criatividade. Observando isso com acuidade e
também desacreditado das “verdades” dos pregadores e de alguns escritos
contidos na Bíblia, resolveu abandonar a religião que professava e tornou-se
agnóstico quando diz crer num ser superior, porém, sem frequentar religião
alguma. Saído do credo evangélico e, desvencilhado das amarras religiosas, afirma
sentir-se, hoje, mais livre para criar sua arte.
Sua obra
Hoje, aos 55 anos de idade, Carlos Eugênio é exímio pintor,
entalhador, desenhista e escultor. Nas palavras do artista plástico
princesense, Antônio Maximiano Roberto, o nosso biografado “(...) é o melhor pintor de Princesa”. Esse comentário de Maximiano
é acrescentado do fato de que Carlos Eugênio nunca frequentou escola de arte
alguma. Sua habilidade é puramente genuína. Mesmo assim, Eugênio afirma que
Antônio Maximiano, deu-lhe muitas dicas importantes para a execução de sua
arte. A sua produção artística é bastante vasta e Carlos alimenta o sonho da
perfeição, por isso, trabalha todos os dias com afinco, mesmo porque, é a sua
arte que lhe dá seu sustento e o da sua família. Atualmente, é o artista
princesense mais prolífico em termo de produção, sendo requisitado tanto para
pintar e esculpir, como também para fazer faixas, letreiros, etc. Por isso, e
pelo muito que representa sua obra para Princesa, está, Carlos Eugênio Lima
Florentino, a merecer esta homenagem e o reconhecimento como um princesense ilustre.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 02 de dezembro de 2019).
Linda a história desse senhor. Parabéns !
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