ODE

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

O SEXO É QUEM COMANDA


 Foto: G1 DF


No Quartel da Polícia Militar do Distrito Federal, a formatura de cadetes daquela corporação, no último final de semana, causou a maior polêmica quando um soldado gay convidou seu namorado para a solenidade de formatura e, no final do evento, como se estivessem em uma cerimônia de casamento, beijaram-se na boca. O mesmo comportamento foi adotado por uma soldado que também repetiu a cena com sua namorada. O flagrante foi registrado numa foto que disseminou-se nas redes sociais, provocando uma nota expedida por um coronel da reserva, daquela corporação, criticando o fato quando disse que aquilo se constituía um verdadeiro “avacalhamento” que contrariava o pundonor da briosa Polícia Militar de Brasília. São polêmicas desnecessárias deflagradas por aqueles que já saíram da fila. O tempo em que vivemos é este e não podemos contrariar a realidade com o realçamento de pensamentos retrógrados que não existem mais. A realidade não tem de ser apenas respeitada, mas, assimilada como uma verdade inquestionável. Não podemos nem devemos maquilar, hipocritamente, aquilo que é fato. A fila anda.

Na corte papal

Na parte setentrional do mundo, mais exatamente no Vaticano, tomamos conhecimento de outro fato que, inicialmente, pensei que fosse fruto da senilidade de um papa que não é mais papa, mas que estava agindo como se ainda o fosse. Refiro-me à divulgação pela imprensa mundial, sobre a publicação de um livro escrito pelo cardeal africano e ultraconservador, Robert Sarah, segundo o próprio em parceria com o papa emérito, Bento XVI, tratando da contrariedade quanto à ordenação de homens casados para o ministério sacerdotal. Tal foi arepercussão negativa e o constrangimento para o papa Francisco, que Bento mandou “desanunciar” a coautoria do livro. Bento XVI renunciou por sentir-se incapaz de continuar tocando a administração canônica, não podendo agora dar pitacos na ordem de Francisco que, mais antenado, sabe que a Igreja Católica, a exemplo do que houve no pontificado de João XXIII, necessita de nova reforma. Da mesma forma que os rapazes hoje se beijam natural e publicamente, por que os homens casados não podem ministrar os ofícios religiosos na brenhas da Amazônia? Bento, que hoje, sob o peso da 
idade, anda com dificuldade, precisa entender que a fila anda.


ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 15 DE JANEIRO DE 2020.

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