ZOMA, DOCA, O CACHORRO E O DIPLOMA
A campanha eleitoral de 1988, para a escolha do prefeito em
Princesa foi contida de coisas muito engraçadas. Dela extraio um fato interessante
que foi provocado por um discurso proferido pelo então candidato do PDS a
vice-prefeito, doutor Zoma. Isso ocorreu num comício realizado na Rua “Major
Feliciano”, no Bairro do Cruzeiro quando, animado em sua oração, Zoma discursou
com relação à candidatura do adversário Doca Ferraz, que desgostoso por haver sido
preterido por seu partido (PDS) migrou para o PMDB e foi candidato a prefeito
com o apoio do grupo “Diniz”. As palavras do candidato a vice-prefeito pelo
PDS:
“Os nossos adversários, desprovidos
de um nome que se dispusesse ou tivesse coragem de ser candidato contra nós, pegaram
qualquer ‘cachorro’ e botaram para concorrer e ser derrotado nas urnas do
próximo dia 15 de novembro”.
Aí, o tempo fechou! Na semana seguinte, em comício realizado
no Bairro do Cancão, o candidato do PMDB, Doca Ferraz, discursou indignado por
ter sido chamado de “cachorro” e questionou de cima do palanque:
“Quem é esse doutorzinho prá me
chamar de ‘cachorro?’. Ninguém sabe sequer se
ele é mesmo doutor...”.
No outro dia, estava a esposa de doutor Zoma, dona Maria
Aquina Lopes, distribuindo cópias do diploma de médico do candidato a
vice-prefeito, o que fez de mão em mão e, nos estabelecimentos comerciais em
que os donos eram simpáticos à candidatura do PDS, afixava o certificado na
parede. Com o tempo, tudo dissipou-se. Doca Ferraz foi derrotado por Assis
Maria/Zoma e, já em 1996, ambos, Doca e Zoma, estavam no mesmo palanque. É
assim a política de Princesa.
ESCRITO POR DOMINGOS
SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 04 DE FEVEREIRO DE 2020, EXTRAÍDO DO LIVRO “PRINCESA
– HISTÓRIA E VOTO”.
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