O filho nº 03 do presidente Bolsonaro declarou, em entrevista recente, que “O Brasil caminha a passos largos rumo ao socialismo”. Algo que todos nós já sabemos é que a deficiência mental daquela família é mesmo um componente genético carregado por todos eles. O besteirol proferido constantemente pelo pai é extensivo aos filhos. Agora, o rebento mais novo do “mito” (referido pelo humorista Bemvindo Sequeira como o único vereador federal do Brasil), afirma estar o Brasil rumando para o socialismo com a intenção de demonstrar que há uma necessidade de tomada de providência para que o país não volte à situação imediatamente anterior ao golpe de 1964. Essa não é a primeira vez que um dos filhos do presidente atenta contra a democracia. Ainda durante a campanha eleitoral, o filho nº 02, Eduardo Bolsonaro - o mesmo que, semana passada criou um mal-estar internacional quando culpou, publicamente o nosso principal parceiro comercial, a China, de responsável pela Pandemia do Coronavírus -, afirmou que, para fechar o Congresso Nacional, seria necessário somente um cabo e um jipe. É claro que essas declarações pueris não têm o condão de, por si só, ameaçarem a nossa democracia, porém, não se faz de bom alvitre um filho do chefe da Nação, tecer comentários dessa natureza em face das repercussões que elas provocam.
O que vemos hoje é um presidente caricato que com suas posições e declarações verbais, se coloca na contramão das ações de seu próprio governo, alimentando cada vez mais a impressão de que não manda em nada e em nada é obedecido por pura falta de capacidade de gerir a coisa pública. Enquanto a população está assustada com a doença que vem assolando o país, o presidente distorce diretrizes da OMS – Organização Mundial de Saúde; discute com a imprensa; desfila, irresponsavelmente pelas ruas de Brasília provocando aglomerações perigosas; desdiz o que seus próprios ministros afirmam; enfim, o chefe da maior magistratura do Brasil vive a prestar desserviço à nação. Enquanto isso, o filho faz declarações premonitórias de que a solução para o Brasil é voltar ao tempo da escuridão da ditadura militar, numa demonstração do desejo que o pai-presidente se transforme num ditador para salvar o Brasil do socialismo. Se o Carlos Bolsonaro não sabe, o socialismo se traduz em saúde e trabalho para todos, segurança e educação de boa qualidade, dentre outros benefícios que foram distorcidos pelo comunismo e que serve agora de desculpa para descredenciar o sistema que tem dado certo, associado com a democracia, em vários países da Europa. Nesses tempos de Coronavírus, em que a população deveria estar toda usando máscaras, Bolsonaro e seus filhos deveriam estar usando mordaças.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 03 DE ABRIL DE 2020).
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