O ministro Alexandre de Morais, do STF – Supremo Tribunal Federal, suspendeu a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a direção da PF – Polícia Federal. A escolha, que foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro, foi questionada pelo ministro em face das declarações contidas na entrevista do ex-ministro Sérgio Moro, por ocasião de sua demissão, na última sexta-feira, quando afirmou que o presidente da República desejava um diretor da PF que lhe prestasse satisfações sobre as atividades daquele órgão, numa clara intenção de exercer interferência política na PF. Diante disso, o ministro entendeu que a nomeação de Ramagem, que é amigo da família do presidente e íntimo do filho Carlos Bolsonaro, carregava indícios de desvio de finalidade e de inobservância dos princípios constitucionais, tais como: da impessoalidade, da moralidade e do interesse público. Na sentença, o ministro pontuou que a Polícia Federal não é um órgão de inteligência, mas sim uma polícia judiciária da União e que o presidente da República não pode moldar a administração ao seu interesse, afinal, Bolsonaro é um súdito da lei. Com isso, a nomeação que tanto interessava ao “mito”, para atender a interesses particulares foi de água abaixo e agora o presidente terá de nomear outro nome. A colheita de Bolsonaro não para de chegar .
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 29 DE ABRIL DE 2020).
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